Enviada em: 25/07/2019

O uso da internet no século XXI evoluiu de forma descomunal e sem precedentes. Por conseguinte, problemas de saúde e de segurança tornaram-se evidentes em todas as faixas etárias, principalmente na geração Z (nascidos entre 1994 a 2010), que já possui essa ferramenta implantada em seu cotidiano desde o inicio de sua infância. Tal fato gera preocupação nos responsáveis por essas pessoas, fazendo com que o controle parental seja tratado como medida preventiva de doenças como ansiedade e depressão, e de crimes como pedofilia e cyberbullying. Segundo um artigo publicado em 2017 pela professora de psicologia da Universidade de San Diego, Jean Twenge, crianças de 13 anos que passam mais de 10 horas semanais nas redes sociais aumentam em até 27% o risco de desenvolverem depressão, e como confirmação prática desse número, outro dado afirma que desde 2007 a taxa de homicídio de adolescentes caiu enquanto a de suicídio aumentou. Além disso, o estudo da professora cita também outros problemas como a privação de sono, que chega a ser até 57% maior que a da geração passada, e o comportamento antissocial. Somado a isso nasce crimes como o  cyberbullying - termo que descreve o bullying usando a internet -, que apesar de ser recente, já é conhecido por ser um dos principais gatilhos para sintomas depressivos nos jovens, tanto na vítima quanto no ofensor que esconde-se atrás do anonimato que a rede oferece. Da mesma forma, pedófilos encontraram nesse anonimato um lugar seguro para escolher suas vítimas, que geralmente tem idades entre 9 a 13 anos porque possuem menos liberdade para falar com seus pais, evitando uma possível denúncia, e por serem inexperientes sobre o sexo são mais facilmente manipuladas. Plataformas como o Facebook ou jogos online com chats são as mais escolhidas por esses criminosos, a última sendo ainda mais preferível por não haver vigilância dos responsáveis. Diante das informações apresentadas, torna-se claro que apenas a restrição dos pais sobre o uso da internet não é o suficiente para combater tantos males que já estão integralmente enraizados na rotina dessa geração. Faz se necessário, portanto, a conscientização de pais e filhos sobre os perigos da rede por meio de campanhas realizadas por órgãos governamentais como o Ministério da Educação e o da Saúde, que devem ter como objetivo não a proibição de algo fundamental para o desenvolvimento da humanidade, mas sim a preparação mental dos jovens para lidar com tal instrumento, protegendo-se de comentários e exposições negativas que podem encontrar tanto dentro da internet quanto fora. Assim sendo, a solidificação da psique infanto juvenil, a longo prazo, fará com que o controle parental seja, ao invés de uma necessidade preventiva, um modo individual de cada família criar suas crianças.