Enviada em: 03/05/2018

A política de cotas foi criada para dar acesso a negros, índios, deficientes, estudantes de escola pública e de baixa renda em universidades. Porém, será esse sistema uma alternativa eficiente para a integração das minorias? Uma série de questões devem ser analisadas, como a persistência da desigualdade ao negro no acesso às universidades, e também a permanência de uma educação básica carente.         Em primeiro plano, é necessário avaliar que o número de negros no ensino superior cresceu. Entretanto, esse aumento não é tão significativo ao comparar com outros grupos étnicos na mesma situação. Segundo dados do IBGE, a porcentagem de negros e pardos auto identificados nas universidades é de 3,27%, enquanto os demais tem 10,12%.           Além disso , o ensino básico se encontra, em sua maior parte, desestruturado. Ao colocar alunos de escolas públicas como beneficiados do programa de cotas, o próprio Estado mostra que as mesmas não têm capacidade de competir igualmente com as instituições privadas em relação ao ingresso do ensino superior.      Urge, portanto, uma intervenção para a problemática abordada. Cabe às minorias serem estimuladas a crescerem no campo educacional, por meio de debates nas mídias sociais ou no próprio cotidiano. O Estado, por sua vez, não deveria facilitar a entrada de negros, pardos e alunos da rede pública de ensino, e sim promover melhorias na educação básica, tanto no ensino como na infraestrutura. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, qualquer um poderá ingressar nas universidades, independente de cor e renda.