Enviada em: 06/06/2018

A Carta Magna de 1988 garante que os cidadãos gozem de direitos imprescindíveis,porém verifica-se grande discrepância entre a teoria e a realidade brasileira.Dessa forma,significativa parcela da sociedade encontra dificuldades para usufruir do ensino superior,seja pelo preconceito enraizado na sociedade,seja pela desigualdade social brasileira,fatores correlacionados com esse problema.      Consoante Émile Durkheim,o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar,logo um indivíduo que vive em uma sociedade intolerante tende adotar tal singularidade.Assim,em divergência ao Estados Unidos da América que adotou o sistema de cotas raciais em meados da década de 60,o Brasil aderiu esse modelo no limiar do século XXI.Dessa maneira,barreiras educacionais históricas persistem na contemporaneidade nacional,haja vista o baixo índice de alunos negros,pardos e indígenas matriculados nas universidades públicas no país.         Além disso,de acordo com Aristóteles no livro ''Ética a Nicômico'',a política serve para a felicidade dos cidadãos,no entanto verifica-se que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil contemporâneo.Com isso,devido aos ínfimos investimentos estatais na educação básica,os jovens oriundos dos colégios públicos apresentam,frequentemente,déficits de conhecimento em matérias escolares fundamentais,fenômeno que dificulta,paulatinamente, o êxito desse aluno em um concurso vestibular conteudista e amplamente concorrido.           Urge,portanto,que as instituições nacionais cooperem para mitigar esse problema.Cabe às universidade estaduais aderirem à Lei de Cotas,dedicando 50% das vagas universitárias aos alunos que estudaram nas escolas públicas do país.Ademais,convém ao Ministério da Educação,com o apoio da iniciativa privada,promover a criação de Vouchers Educacionais no ensino básico,visando a inserção dos mais pobres em um sistema escolar de qualidade.Com essas medidas,talvez,a teoria da Constituição Cidadã se torne realidade.