De acordo com a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), em um estudo realizado em 2010, constatou-se que os alunos ingressados pelo sistema de cotas tiveram menor índice de reprovação. Tal resultado enfatiza a valorização da vaga por parte de alunos que buscam o destaque no curso. Nesse contexto, deve-se analisar como as cotas trazem resultados positivos para pessoas que teriam maiores dificuldades para ingressar em universidades senão tal benefício. A defasagem no ensino de escola pública torna-se uma grande barreira na vida do estudante, seja por causa do difícil acesso, da estrutura e, até mesmo, da falta de incentivos. Isso acontece porque, comparado à escolas particulares, a escola pública recebe menos investimentos e, consequentemente, resulta na desmotivação do estudante para seguir um caminho com menores chances de ingressar em boas universidades, por causa da evidente diferença de oportunidades e conhecimento. Além disso, a disponibilidade da cota racial considera o caminho árduo dos estudantes que, historicamente e atualmente, vivenciam episódios de racismo e exclusão, podendo acontecer desde o histórico escolar até mesmo na inserção no mercado de trabalho. Por exemplo, estima-se que apenas em 2088 o salário de um contratado negro se equivalerá ao salário de um contratado branco; Tal constatação enfatiza mais uma dificuldade do indivíduo negro perante a sociedade. Torna-se evidente, portanto, que as minorias econômica, social e física afetadas devem obter incentivos, através do sistema de cotas, para que, assim, possam se sentir potencialmente incluídas na disputa por uma vaga, com menor discrepância dos demais. Em razão disso, o MEC (Ministério da Educação e da Cultura) deve investir, através de profissionais da educação aptos para ensinar eficazmente e profissionais da saúde para lidar com as dificuldades do aluno. Com o acompanhamento psicológico e o desenvolvimento acadêmico, o aluno tem maiores possibilidades de sentir-se seguro para dar continuidade aos estudos até o ensino superior.