Enviada em: 21/10/2018

Elizabeth Eckford, foi a primeira aluna negra da escola Little Rock Central High School, em Little Rock, no estado de Arkansas, com uma população predominantemente formada por brancos e conservadores, pelo qual ficou marcada a sua luta pela educação diante dos constantes ataques de violência, intolerância e racismo. No entanto, hoje, percebe-se ainda que a população negra ainda sofre graves exclusões nas universidades brasileiras e uma das formas de amenizar o problema é a inclusão de cotas. Nesse contexto, deve-se analisar como a desigualdade social e a negligência estatal provocam tal problemática. É importante discutir, antes de tudo, que a desigualdade social é a raiz dos problemas na inclusão de negros nas universidades brasileiras. Isso porque a igualdade, conforme afirma o filósofo Aristóteles, consiste em tratar os iguais de maneira igual e os desiguais de forma desigual na medidas de suas desigualdades. De maneira análoga, os alunos de escolas públicas, devido a escassez de infraestrutura e professores são desfavorecidos em relação a escolas particulares. Portanto, pela lógica aristotélica, as cotas raciais, não se trata de oferecer mais direitos ou privilégios, mas sim garantir-lhes as mesmas oportunidades de crescimento humano.  Além disso, nota-se, ainda, que a negligência estatal também é responsável pela evasão escolar de negros. Isso acontece porque, é dever do Estado, conforme afirma o economista inglês John Maynard Keynes, suprir as necessidades básicas de seus cidadãos e assegurar o bem estar destes. Entretanto, o poder público mostra-se ausente na responsabilidade de garantir a qualidade e melhoria da educação  brasileira. Por consequência disso, os estudantes de escolas públicas são prejudicados e a inclusão de cotas visa minimizar o problema, pois a educação no Brasil têm-se acesso somente a uma pequena classe social, com isso precisa-se incluir esses indivíduos desfavorecidos socialmente. Fica evidente, portanto, a importância da inclusão das cotas nas universidades brasileiras e a necessidade de acentuar os problemas do país. Para isso, as prefeituras em parceria com o Ministério da Educação devem discutir e realizar uma reforma na base escolar nos ensinos infantil, fundamental e médio por meio de escolas públicas e particulares a fim de minimizar a desigualdade social. Outrossim, o Governo Federal juntamente com a Secretaria Especial de Políticas e Promoção de Igualdade Racial devem promover programas que incentivem alunos de escolas públicas por meio de salários de acordo com sua condição monetária familiar para que diminua a evasão escolar. Dessa forma, os alunos negros assim como Elizabeth Eckford poderão ingressar-se nas universidades.