O racismo está enraizado na história da humanidade, são séculos de desigualdade, inferioridade, humilhação e discriminação contra a população negra. Além da diferença racial, outro fator que acomete a comunidade é a pobreza, criando uma divisão ainda maior entre os negros e brancos. Segundo o Mapa de Violência do IBGE, a taxa nacional de negros, pardos e indígenas mortos dentre todas as categorias (homicídio, acidente, suicídio e entre outros) é assombrosamente maior do que a de brancos. A história do Brasil foi construída a partir da escravidão, toda a grande riqueza e benefícios que a Europa recebia desta terra provinha, na maioria dos casos, das mãos dos trabalhadores negros escravizados. O sistema de cotas mais atua como uma forma de “diminuir” a dívida da população brasileira com a comunidade afrodescendente do que como uma balança do sistema educacional, visto que a maior parte deste sistema possui falhas. A questão das cotas raciais vai muito além de apenas abrir uma porcentagem das vagas para indivíduos que se encaixem nestes quesitos; está relacionada ao sistema básico público de ensino fraco, a falta de infraestrutura educacional. Elas dão apenas o direito desta população poder atingir um patamar a mais em sua escolaridade (visto que a ingressão de um negro no ensino superior é bem menor do que a de um branco), uma chance de promover sua qualidade de vida e entre outros. A fiscalização sobre este projeto deve ser mais rígida, visto o número de fraudes presentes nas faculdades; a população deve receber mais informações do Estado através de campanhas de conscientização sobre a verdadeira importância das cotas.