Enviada em: 13/10/2018

Universidade para todos                 É inegável que existe uma clara diferença de oportunidades entre os brasileiros. Os ricos são privilegiados pela condição econômica, tendo acesso a recursos que os colocam a frente dos mais pobres na corrida para ingressar numa universidade pública. Portanto, é preciso manter e ampliar o sistema de cotas nas universidades públicas, afim de que haja uma maior inclusão social.          Em primeiro lugar, é importante ressaltar que é um compromisso do Governo investir em educação para todos, visando uma maior qualificação para os cidadãos, inclusive aqueles de baixa condição financeira, e o consequente desenvolvimento do País. Sem as cotas universitárias, os estudantes de melhor condição financeira levam ampla vantagem ao tentar ingressar nas universidades, por terem acesso a cursos e escolas de elite restritos aos ricos. Portanto, a aplicação das cotas é uma ferramenta muito importante para derrubar essa barreira financeira e permitir que os pobres tenham acesso a universidade. Essa é a única forma de garantir uma educação superior de qualidade para todos, o que reforça que é sim preciso manter e ampliar o sistema de cotas nas universidades.        Por outro lado, acredita-se muito que dentro das salas de aula, os cotistas têm um desempenho inferior aos do não cotistas e, consequentemente, o sistema de cotas lança ao mercado de trabalho indivíduos menos qualificados. Entretanto, os resultados têm mostrado o contrário do esperado por alguns. Na prática, os cotistas têm um desempenho tão bom quanto o dos outros alunos e se tornam tão qualificados como eles, o que desqualifica os argumentos contra as cotas e reafirmam a necessidade de sua aplicação.          Por fim, tendo em vista o papel de inclusão social que as cotas fazem, o Governo, por meio do MEC, deve manter o sistema de cotas nas universidades e institutos federais, com intuito de dar continuidade ao trabalho de inclusão social, já que ela tem dado muito certo até então.