Enviada em: 15/10/2018

Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o direito à educação é garantido a todos os indivíduos. Entretanto, a desigualdade social dificulta que certa parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nesse sentido, a política de cotas  nas universidades diminuem as discrepâncias existentes.           Inicialmente, vale ressaltar o legado histórico cultural que oprimiu a população negra através da escravidão, e após a abolição da escravatura essa minoria ficou desamparada. Porquanto, o darwinismo social inferiorizou por séculos diversas etnias, proporcionando as divergências sociais do século XXI. Logo, a cota étnica possui como objetivo corrigir um erro do passado, e também universalizar o acesso à educação superior, pois, apesar de assegurada, ela não se encontra plenamente desenvolvida e acessível.         Além disso, a qualidade do ensino da escola pública é ínfera ao da privada, ou seja, o ideal de meritocracia não existe em uma sociedade desigual. De acordo com o Filósofo Aristóteles, os desiguais devem ser tratados na medida de sua desigualdade. Sob tal ótica, cada pessoa deve receber o que lhe é devido para que a equidade seja promovida, já que, o vestibular pode ser comparado com uma maratona, e nessa corrida alguns vestibulandos estão em condições defasadas, sendo assim, as cotas diminuem essa defasagem social.           Fica evidente, portanto, o papel inclusivo dessa ação afirmativa. Dessa forma, o Estado, no papel do MEC (Ministério da Educação) deve reforçar a qualidade do ensino nas escolas públicas, com o reformulamento da grade nacional, a fim de que a igualdade da educação seja atingida no Brasil, porque as cotas são medidas provisórias. Ademais, a abertura do  maior número de vagas nas universidades para os candidatos pertencentes as ações afirmativas tem que ser priorizada no momento. Quem sabe, desse jeito, o fim da desigualdade educacional deixe de ser uma utopia.