Enviada em: 31/10/2018

As cotas foram criadas para serem ferramentas de ampliação das oportunidades sociais e educacionais no Brasil, voltadas para estudantes que cursaram o ensino médio na rede pública, pessoas vindas de famílias de baixa renda e autodeclarados pretos, pardos e indígenas. A adoção de cotas sociais e raciais é causada pela dívida histórica brasileira e pela falta de investimentos no ensino das escolas públicas.       Em primeiro lugar apenas 34% dos alunos de ensino superior são negros no Brasil, sendo que, eles constituem em aproximadamente 54% da população. Desde a implementação da Lei de cotas em 2012 o percentual de matrículas feitas em universidades públicas por alunos pretos e pardos foi de 11% em 2011 para 30% em 2016. Por outro lado, diversos críticos argumentam que o sistema de cotas tendem a reduzir a qualidade do ensino na universidades e reitera o racismo, pois esse tipo de seleção não respeita o conceito de meritocracia. No entanto, pesquisas realizadas pela Uerj e pela Unicamp obtiveram resultados em que alunos cotistas apresentam uma maior taxa de desempenho do que os demais.        Além disso, o Brasil possui uma dívida histórica de 388 anos de escravidão, e mesmo depois de abolida a população negra não teve nenhum tipo de política que ajudasse a ter uma inserção digna na sociedade, esse fato tem reflexo até hoje nas desigualdades socioeconômicas entra negros e brancos. O sistema de cotas visam corrigir essa desigualdade histórica que resultam em padrões desiguais de inclusão social e de acesso a educação.       Portanto, devem ser adotadas medidas que possuem como objetivo melhorar o ensino nas escolas públicas. Sendo assim, requer-se que o Ministério da Educação obtenha investimentos para melhorar o ensino fundamental e médio, aumentando a infraestrutura principalmente em locais precários. Com o aumento de investimentos na área da educação de base o sistema de cotas deve ser diminuído gradativamente até que haja a correção da desigualdade.