Enviada em: 26/03/2018

É indubitável que as cotas raciais é frequente ponto de críticas preconceituosas, debates, protestos e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época do Movimento negro e pobre, quando os afrodescendentes reivindicavam pelos seus direitos pelo fato de haver muita desigualdade social e racial e, por conseguinte, esses conseguiram conquistar algumas vitórias e uma das principais delas foi a Lei das Cotas Raciais, desde então, o impasse persiste, visto que, hodiernamente, há muita revolta em relação às vagas destinadas exclusivamente para negros e indígenas, os quais também possuem direito. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas do movimento liberal abolicionista e, inclusive, a escravidão dificultam a resolução da questão.  Considerando-se a vasta miscigenação de raças, a insipiência histórica e atual  e localidades originárias na constituição do povo brasileiro, é de grande percepção e naturalidade que a nação afrodescendente e nativa, atualmente, abrigue extensa pluralidade e reivindicação no que se refere as cotas nas universidades brasileiras, visto que a população negra e indígena possuí uma participação inferior nas faculdades federais e privadas e mesmo com as cotas a inclusão desses indivíduos continua sendo baixa pelo fato desses possuírem poucas oportunidades e ser a parte considerada mais pobre do Brasil,  além dos índios. A desigualdade racial e a dívida que o Tupiniquim tem pendente com os negros devido a escravidão e igualmente com os indígenas é o principal motivo das cotas raciais existirem e prevalecerem até os dias atuais, pois o retrocesso desses cidadãos não pode continuar.   Entretanto, essa discussão complica-se mais por não haver cotas para os brancos, porém, esses possuem mais oportunidades e dificilmente sofrem desigualdade racial e social na sociedade e, inclusive, não foram escravizados no âmbito canarinho. Além disso, é válido salientar que existem cotas por renda e escolaridade em redes públicas para as pessoas da pele branca que componha esses requisitos.    Convém, portanto, ao Ministério da Educação promover, com uma parcela dos impostos públicos fornecido pelo Governo, palestras educacionais sobre as cotas raciais com orientadores de sociologia e história nas instituições de ensino tanto privada como pública, para que, desse modo, os alunos saibam o motivo dessas vagas existirem. Além do mais, psicólogos devem por meio de atividades demonstrativas como filmes mostrar como a desigualdade social e racial é existente aos alunos e, assim, orienta-los sobre esse assunto para  que, esse preconceito diminua e, consequentemente, acabe no espaço escolar. Afinal, o povo negro que já foi e continua sendo massacrado pelo racismo e desigualdade é digno de inclusão e igualdade, assim como, os indígenas nas faculdades brasileiras.