Enviada em: 11/03/2018

SISTEMA DE COTAS NO BRASIL - UM RETROCESSO.           Segundo o último censo do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),mais da metade dos brasileiros se declararam negros, pardos ou indígenas. O sistema de cotas nas Universidades Federais busca diminuir as desigualdades entre negros e  brancos na educação.            A lei 12.711, aprovada em 2012, determina que todas as instituições federais de ensino superior devem reservar parte de suas vagas para alunos de baixa renda, de escolas públicas, negros, pardos e índios. O professor de cultura brasileira, Marco Minuzzi, doutor pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), afirma que isso demonstra a preocupação sobre a desigualdade no país, fazendo assim, a democratização do acesso.        Vivemos no país mais miscigenado do mundo, onde a maioria da população tem ancestralidade africana,sendo assim, é muito difícil afirmar quem tem direito a essas políticas, porque raça é um conceito social e não biológico e isso é feito através da autodeclaração. A constituição de 1988 estabelece igualdade entre os brasileiros, independente de raça ou cor, apesar do STF já ter considerado em 2012, as cotas como constitucionais.        Dar privilégio para que alguém possa estar em determinado lugar baseando-se na cor da sua pele, é o pior tipo de racismo que existe. Ao impor uma cota racial, o Estado está sobrepujando a meritocracia destinando parte dessas vagas a negros, a despeito do mérito de outros, levando-se em conta a pele branca dos adversários. Mérito é mérito, qualquer que seja o tom da pele de um concorrente à uma vaga nas Universidades  Federais.          Como solução desse problema de desigualdade cultural, o Brasil para se tornar um país justo, deveria dar as mesmas condições de ensino  público em todas as etapas da vida estudantil, para que todos tenham as mesmas chances de vencer na vida onde a cor da pele não seja mais um obstáculo para o crescimento pessoal.