Enviada em: 24/03/2018

Sócrates, filósofo grego, afirmou que a ignorância humana é capaz de causar prejuízos e erros. Na contemporaneidade, tal fato se revela pela falta de informação de alguns indivíduos acerca do que são as políticas afirmativas. Por conseguinte, gera-se um cenário de alienação acerca das cotas, medidas que representam uma importante conquista social.        Em primeiro lugar, vale ressaltar que, segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, toda pessoa tem direito à educação. Entretanto, na atualidade, percebe-se que tal política é ineficaz. As desigualdades econômicas e a falta de oportunidades iguais fazem com que nem todos possam ter livre acesso ao conhecimento. Destarte, as cotas surgem como uma forma de equilibrar as diferenças sociais e oferecer a oportunidade universalizada de acesso ao ensino superior.       Ademais, ao analisar a história mundial, é visível que as sociedades escravistas, desde a Grécia Antiga, deixaram uma marca: o racismo. Assim, a figura do negro permaneceu a ser vista como inferior, o que levou ao afastamento deste da sociedade e das oportunidades acadêmicas. Nesse contexto, as cotas passaram a reverter essa situação, ao permitir que os negros e as minorias pudessem ocupar os mesmos lugares que aqueles que tiveram excelentes oportunidades de aprendizado.       Infere-se, portanto, que as cotas são benéficas para a inclusão dos negros e das minorias no ensino superior. Assim, cabe ao Ministério da Educação, promover a mudança das bases curriculares do ensino fundamental e médio, ao incluir a questão das cotas no currículo escolar, a fim de tornar claro que as políticas afirmativas fazem parte do processo de alcance da igualdade de direitos prevista na Declaração dos Direitos Humanos e dar fim à alienação acerca desse tema. Desta forma, a desigualdade que permeia a sociedade será revertida e a ignorância será aniquilada, criando, assim, um legado do qual Sócrates poderia se orgulhar.