Enviada em: 24/03/2018

"Cota não é esmola" é o que afirma a música de Bia Ferreira, música esta que trata do preconceito que o negro sofre. Tal música traz uma verdade, ou seja, a cota não é um favor e sim uma forma de inclusão, uma forma de equidade. Afinal, as classes minoritárias que tem o direito de cota são inferiorizadas desde os primórdios da sociedade brasileira, assim não se deve tratá-las com igualdade e sim com equidade adaptando as oportunidades e deixando-as justas, a cota assume esse papel.        Nesse contexto, ao analisar o nível acadêmico de estudantes de escola pública em relação aos estudantes de escola privada percebe-se grande defasagem de aprendizado. Segundo o IBGE 46% dos estudantes que ingressaram em universidades privadas são de escola pública em detrimento dos 64% de escola privada. Ainda, dessa análise pode-se perceber que os estudantes de escola pública são aqueles que não apresentam condições financeiras para entrarem em uma escola privada, 48% dos estudantes de escola pública tem renda familiar abaixo de um salário mínimo (IBGE 2015).        Ademais, em uma pesquisa do IBGE de 2013, apresentou um dado no qual afirmava-se que o jovem com renda familiar de 20000,00 reais tem 40% de chance de ingressar em uma universidade pública enquanto um estudante com renda de 1000,00 tem menos de 10%. É fato, portanto, que as oportunidades não são iguais e que a cota é uma forma de nivelar essa desigualdade social.       É perceptível, portanto, a necessidade da cota no Brasil para as chamadas minorias (baixa renda, pretos, pardos e indígenas). Assim, é necessário que o governo mantenha a Lei de Cotas para o Ensino Superior a fim de reduzir a desigualdade na inserção dessas minorias nas universidades. É válido também que o governo juntamente com as mídias divulguem campanhas tratando da necessidade das cotas para parte da população para que assim haja aceitação por toda a sociedade desse sistema. Só assim será possível atingir a equidade no Brasil.