Enviada em: 13/04/2018

Durante a História do Brasil, um dos principais grupos étnicos que foi afetado pela escravidão foi os negros. Mesmo com o fim da escravidão, essa situação não mudou e este, que além de negro era também pobre continuou a ser marginalizado na sociedade. Por isso, faz-se extremamente necessário a existência das cotas universitárias para permitir uma maior inclusão, participação e ascensão econômica e socialmente. Não apenas os negros e pobres sofreram com o processo de exclusão social, mas outros tipos de minorias também, como é o caso dos deficientes e dos indígenas, em que se for analisar a porcentagem desses que estão cursando um ensino superior é extremamente baixa e preocupante, pois percebe-se nas universidades uma certa hegemonia branca. No entanto, não há como negar que a enorme maioria é composta principalmente dos menos afortunados economicamente e dos que tem  herança africana. Durante o período colonial, o negro foi extremamente marginalizado pelos brancos por meio da escravidão. Não haviam direitos aos negros e eles eram visto como um objeto, inclusive tendo diversos anúncios de vendas de escravos espalhados principalmente por cidades como Rio de Janeiro e Salvador. O fim da escravidão não veio a sanar esse problema visto que pela ausência de políticas públicas que permitissem uma maior inclusão social e pela ideia ainda vigentes das teorias eugenistas, em que o branco seria uma raça superior a do negro e que por isso era necessário branquear a população, o negro agora liberto tem que recorrer às periferias da cidade, onde irá viver na pobreza e miséria. Cria-se um paradoxo : Este agora, liberto tem direito a tudo, mas não tem nada. Pensando em todo esse infeliz histórico que se faz presente no Brasil, foram pensadas medidas que permitissem um maior engajamento e participação política do negro e do pobre na sociedade e em 2012 foi sancionada a Lei de Cotas que a partir desse ano 50% das vagas das universidades terão que ser reservadas às minorias e estas não irão mais concorrer com os brancos e ricos, mas apenas com eles mesmo o que permite um maior acesso as universidades, já que a qualidade das escolas públicas, no geral, ainda é muito baixa. Não é à toa que o IBGE no seu censo de 2010, afirma que o número de negros e pobres aumentou nas universidades. Analisado o exposto, o Brasil deve manter o atual sistema de cotas e também os governos estaduais podem criar um imposto que seja exclusivamente designado para a manutenção e investimento nas escolas públicas secundaristas, principalmente na valorização do serviço do professor e na compra de materiais, como data show que permitam aos estudantes melhores condições de aprendizado.