Enviada em: 03/05/2018

As cotas raciais surgiram como uma alternativa para combater as desigualdades e, de certa forma, corrigir os erros do passado, referentes a escravidão. As cotas representam uma grande inclusão, uma vez que são um meio de combater a desigualdade racial e também de estimular o estudo de negros. Durante grande parte da história brasileira, os negros foram escravizados e quando, finalmente, foi abolida a escravidão, com a Lei Áurea, não foi feito nada para incluí-los na sociedade. Assim, o fim da escravidão representou o início da marginalização dos negros, que sem condições de se incluir na sociedade, acabaram em empregos e situações muito semelhantes a escravidão. O tempo passou e essa herança permaneceu, afinal os negros, em sua maioria, ocupam classes mais baixas e tem menor escolaridade. Desse modo, as cotas representam um meio de não repetir os erros do passado e dar ao negro condições de competir com o branco. É fato que os negros são a minoria nas universidades, há cursos, normalmente mais elitizados, que não é possível encontrar sequer um negro. Mas as cotas raciais estão mudando essa situação, afinal estimulam os negros a estudar, visto que poderão competir mais igualmente com os brancos. Assim, são um meio efetivo de aumentar o número de negros nas universidades, o que pode levar, no futuro, a não precisarmos mais de cotas raciais. Torna-se evidente, portanto, que as cotas raciais são um meio de inclusão, já que combatem a desigualdade racial e estimulam o estudo de negros. O que é preciso melhor é o sistema de validação da cota, para que brancos não a utilizem ilegalmente. Assim, o governo precisa ditar que toda universidade precisa de uma banca para julgar se é realmente um caso legítimo de uso de cota.