Segundo os filósofos contratualista, o homem é dotado de direitos imprescindíveis e invioláveis como o direito à educação. No entanto, no Brasil, é preciso de ações afirmativas como as cotas nas universidades para tornar esse direito menos desigual. Logo, é preciso entender como se deu a necessidade de se criar uma ação social como essa. Em primeiro lugar, devemos levar em consideração a criação desigual da sociedade brasileira. Desde o Brasil colonial passando pelo império e república , os negros sempre foram desprovidos de direitos, escravizados e marginalizados dentre a população. O grande efeito nocivo dessas práticas acabou não permitindo uma ascensão social dos negros vivendo no Brasil e com isso a perpetuação dessa desigualdade criada ao longo da história precisa ser minimizada ou encerrado. Em segundo lugar, a qualidade do ensino primário e secundário no país são definidas pela renda em que esse aluno dispõe. Em uma sociedade em que os indivíduos são divididos por classes sociais a desigualdade impera tornando pessoas de uma mesma comunidade em estágios diferentes de vida devido a privação de certos bens, entre eles o ingresso nas universidades públicas do país. Existe uma segregação da qualidade no ensino primário e secundário no país em que a maioria das escolas não conseguem extrair o máximo do aluno e com isso não prepara o estudante de baixa renda para os vestibulares de faculdades públicas do Brasil. Parafraseando Thomas Malthus, as desigualdades crescem em p.g. no país enquanto as soluções crescem em p.a.. Portanto, as cotas nas universidades é mais do que um direito é uma necessidade para o desenvolvimento do Brasil. Cabe ao Estado a criação de leis de inclusão para os negros no acesso ao ensino superior público com o fito de encerrar essas desigualdades. É, também, dever do governo promover uma reforma no ensino primário e secundário coordenado por especialistas em educação com o objetivo de tornar o ensino básico no Brasil padronizado tornando os alunos cada vez mais equiparados.