Enviada em: 08/07/2017

Compensação. Essa é a "alternativa" que leva a adoção das cotas nas universidades. A falha educação básica e pública e o racismo no qual estamos inseridos, é o que leva a ideia de inclusão das pessoas com rendas menores que um salário mínimo, índios, negros e estudantes de escolas públicas nas universidades. Devemos, então, analisar os dois lados da situação e mostrar que a adoção das mesmas não são os caminhos mais interessantes.    Em primeiro lugar, é preciso entender o real motivo das cotas para as universidades. Como dito, o sistema educacional brasileiro é falho. Há uma certa descrepância do ensino público para o ensino particular, já que as escolas particulares têm uma melhor infraestrutura, professores melhores qualificados e os alunos têm maiores acessos aos livros didáticos, diferente das públicas. O racismo que é uma marca pelos 400 anos de escravidão vividos no Brasil, é também, um dos fatores para a adoção das cotas.    Apesar de que para muitos elas são necessárias, ainda nao é o caminho mais viável. Com o objetivo de homogeneizar e dar direitos e acessos "iguais" aos brancos e negros, ricos e pobres às universidades, as cotas só aumentam a desigualdade, de forma que alguns acabam ganhando mais privilégios do que outros. Em um contexto de igualdade, então, todos deveriam ter os mesmos privilégios e acessos às universidades de formas iguais. Percebe-se, então, certa necessidade na adoção de medidas de formas mais justas para a inserção dessas pessoas nas universidades.    Torna-se evidente, portanto, que as cotas estão longes de serem as alternativas mais viáveis para a inclusão dessas pessoas nas instituições de ensino superior. Em primeira parte, o Governo deve melhor investir na educação de base, de forma que os alunos tenham uma melhor preparação para o ensino superior, sem a necessidade das cotas. Além disso, as escolas particulares deveriam oferecer bolsas, para que alunos de baixas rendas tenham mais acessos. Por fim, as universidades devem oferecer uma quantia igual de vagas para todos, sem exclusão.