Enviada em: 18/10/2018

Não se pode negar que o preconceito contra estrangeiros é um processo vivido desde a Antiguidade clássica. De maneira mais específica, em Atenas, pólis grega, os estrangeiros denominados Metecos sofriam distinções quanto ao exercício de direitos políticos e impedimentos legais, o que resultava em discriminação. Apesar de anacrônico, no Brasil é notório o preconceito contra os estrangeiros, principalmente, que estão em busca de oportunidades e melhoria de vida. Esse preconceito se consolida em um discurso de ódio disfarçado de liberdade de expressão.    Sabe-se que desde a Antiguidade o que leva ao processo de imigração são fatores como guerras por disputas territoriais, falta de oportunidades e brigas religiosas. De modo que o intuito do estrangeiro é encontrar um lugar seguro para recomeçar a vida em busca de qualidade em todos os aspectos sociais. No entanto, se deparam com ataques de xenofobia e preconceito.   Como ilustra, os recentes ataques aos venezuelanos que estão acampados em Roraima, alguns brasileiros atearam fogo contra os acampamentos dos venezuelanos propagando um discurso de ódio contra a permanência deles no Brasil. Certamente, a Venezuela está passando por uma crise política e econômica a qual obrigou a saída de milhares de pessoas do país, a principal preocupação e discussão atual é até onde se pode ajudar os estrangeiros sem prejudicar as pessoas do país. Essa discussão precisa ser colocada de maneira a não propagação de preconceito com os estrangeiros.    Fica assim evidente que para uma melhor abordagem do tema é imprescindível a ajuda financeira do governo brasileiro aos estrangeiros. Além disso, como diz o grande filósofo Immanuel Kant ''O ser humano é aquilo que a educação faz dele'', é fundamental que temas como preconceito sejam abordados nas escolas públicas e particulares com o intuito de propagar informação e discutir com os estudantes sobre esse tema que é muito recorrente e importante na atualidade.