Enviada em: 21/10/2018

No que se refere ao olhar brasileiro para estrangeiros no séc.XXI, é possível afirmar que o preconceito é seletivo, e se manifesta pela falta de ensino a respeito da cordialidade nas escolas brasileiras. Isso se evidencia não só pela sociedade não praticar xenofobia com pessoas oriundas de países europeus, mas também por ela não ter empatia em relação àqueles que realmente precisam de acolhimento.       Em primeiro lugar, o Brasil é constituído por diferentes raças, não é por acaso considerado um povo mestiço. Uma nação de índios, negros e portugueses, mesmo assim a visão eurocêntrica se sobressai. Uma vez que, houve a tentativa de embranquecimento do país, quando convidaram estrangeiros italianos para trabalhar nos cafezais paulistas, ao invés de disponibilizar serviços remunerados para os negros libertos. Nesse país de misturas de raças, o equilíbrio seria fundamental para elas, mas não foi o que ocorreu . Com efeito, isso se reflete na forma como brasileiros tratam os estrangeiros que não pertencem à Europa, como haitianos, bolivianos e venezuelanos, são recebidos da mesma forma que os índios e negros são tratados por brasileiros que ainda estão no séc XVI.         Além disso, a escritora e ativista social Helen Keller, afirmava que o resultado mais importante da educação é a tolerância. Tal declaração, permite que seja refletido, sobre como a visão etnocêntrica poderia ser revertida se houvesse uma instrução sobre respeito às diferenças, tratar as pessoas com igualdade e saber que todos elas têm direitos iguais . De fato, esses ensinamentos trariam resultados belíssimos para a nação como dizia Helen. Ainda mais, que os imigrantes não mudam de país porque querem, mas, precisam, pois quando uma nação não oferece uma vida digna para seu habitante ele precisa encontrar um lugar que ele tenha isso. Porém, quando chega em terra estrangeira é recebido com palavras de ódio, preconceito, e até agressão, o que seria bem diferente se a sociedade fosse orientada a acolhê-los.          Destarte, fica claro que a aversão aos estrangeiros se limita apenas aos que vêm de países pobres, como também é fruto da falta de conscientização da população brasileira. Nesse sentido, convém que o Ministério da Educação inclua no currículo escolar aulas sobre cordialidade para com todas as raças estrangeiras independente de sua origem, feita por professores de história e sociologia para alunos de ensino fundamental e médio, bem como, realizar palestras frequentemente para pais e alunos sobre a importância da prática da empatia e respeito aos diretos do próximo. A fim de, que o país seja receptivo, abrace e respeite as diferenças praticando a empatia.