Enviada em: 21/04/2017

As guerras civis se tornaram uma constante no século XXI. Desde a Primavera Árabe, em 2011, a Síria vive conflitos desumanos e violentos na tentativa de tirar o ditador Bashar-al-Assad do poder. Esses movimentos devastadores que o mundo vive, somado aos programas de inclusão de estrangeiros no Brasil, causaram um grande fluxo migratório no país.   Quase diariamente o mundo todo recebe facilmente e rapidamente notícias sobre a guerra na Síria. Em 2016, a cidade mais populada da Síria, Aleppo, sofreu um ataque químico que matou dezenas de civis. Prontamente vídeos e imagens do terror vivido e de um pai sírio segurando suas duas filhas mortas no colo percorreram o mundo inteiro através das redes sociais. As truculências sofridas pelos sírias geram empatia nos brasileiros, que já criaram ONGs e grupos sociais específicos para ajudar os refugiados que chegam ao país, que são recebidos calorosamente. Os brasileiros dão o papel de vítima aos refugiados, que vivem algo desumano, e por esse sentimento de dó, se unem para oferecer tudo o que o país tem de melhor, para cessar essa dor.   O tratamento dado aos refugiados pelos brasileiros é quase o oposto ao tratamento dado aos médicos cubanos no Brasil, que pelo programa Mais Médicos, exercem a medicina no país. Aos olhos dos brasileiros, os cubanos estão roubando uma vaga de emprego que deveria ser de um brasileiro e são tratados de maneira privilegiada, como a não necessidade que de validação de diploma. Esse sentimento de injustiça com o seu povo, gera no brasileiro uma xenofobia e exclusão do estrangeiro.   O governo federal, que considera o projeto Mais Médicos prioritário, deve esclarecer aos brasileiros junto ao Conselho Federal de Medicina, se o critérios para o cargo de médico no Brasil são igualitários para todos, inclusive estrangeiros e se nenhuma vaga está sendo priorizada e não concedida por mérito. Se o governo acabar a sensação de injustiça, os brasileiros poderão tratar os estrangeiros de maneira igual e justa, para que os cubanos e os sírios sejam recebidos do mesmo modo.