Enviada em: 17/08/2018

Pandemias somente na história      Com os grandes avanços da imunologia após o desenvolvimento da vacina antivariólica pelo médico e naturalista inglês Edward Jenner no século XVIII, a profilaxia contra doenças virais tornou-se bastante eficiente. No entanto, as atuais atitudes contraditórias de alguns indivíduos que optam por não recorrerem a vacinação, seja por negligência ou mesmo por falta de informação, tem facilitado o recrudescimento de algumas doenças antes consideradas erradicadas, relegando um prejuízo a toda a sociedade, devendo portanto a vacinação ser obrigatória, afim de que doenças na reapareçam.   A medida adotada por alguns movimentos sociais os chamados "antivacinas", propiciou o ressurgimento de algumas doenças já consideradas erradicadas ou controladas, a exemplo da varíola, sarampo e caxumba. Pois, segundo dados divulgados pelo  Ministério da Saúde em agosto de 2018 foram confirmados cerca 1.206 casos de sarampo somente nos estados de Roraima e Amazonas, sendo estes importados principalmente de imigrantes venezuelanos, visto que, a Venezuela enfrenta surtos da doença desde 2017.    A Revolta da Vacina, ocorrida em novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, evidenciou o cenário de desinformação da população quanto aos benefícios promovidos pela vacinação, em consonância com as medidas truculentas impostas pelo governo de Rodrigues Alves através plano do sanitarista Oswaldo Cruz. Embora, atualmente exista um avanço considerável na imunização de grande parcela dos cidadãos brasileiros fator esse atribuído principalmente a forte atuação Estatal, algumas minorias ainda não tem acesso a vacinação, pois não ocorre a ampla divulgação pública, pois cabe  não somente ao Estado, mas também as empresas e escolas essa função.                                              Em evidência ao recente e exponencial aumento dos casos de algumas doenças virais que podem ser evitadas por intermédio das vacinas, torna-se necessário, portanto, a obrigatoriedade da vacinação, devendo o Executivo em apoio com o Ministério da Saúde ampliarem seus investimentos não somente no desenvolvimento de novas vacinas, mas também, na divulgação pública das campanhas de vacinação por meio dos canais abertos de televisão e também nas redes sociais, meios esses de comunicação em massa, a fim de que uma parcela maior da população seja imunizada, para que fatos como a Revolta da Vacina permaneçam somente na história.