Enviada em: 23/09/2017

De fato, o advento das vacinas foi uma resposta enérgica em face das moléstias infecciosas que vitimavam miríades de indivíduos, desde os tempos mais remotos da existência humana. Todavia, no contexto atual, são despontadas dissidências entre o que chamamos de movimento antivacina, cujo lema é recusa vacinal e as classes médicas que advogam o direito à imunização.  A recusa à vacina, foi concretamente,  vivenciados nos anos de 1998, no Estados Unidos, depois da falaciosa publicação de uma consagrada revista de divulgação científica. A partir de então, institucionalizou-se um corpo de adeptos a essa ideologia. No então, esse ponto de vista é refutada simplesmente quando nos remetemos aos séculos longínquos, em que se tem registros de grandes epidemias, por exemplo, da varíola, na Europa, antes da concepção dos imunobiológicos. Portanto, além de ser cientificamente criticada, a inclinação antivacina, figura hoje, como objeto de repercussões, que conflitam-se com o principio da autonomia individual.  Diametralmente aposta na discussão, as classes médicas posicionam-se favoravelmente ante a vacinação. O 1° sistema de imunização, implantada por Oswaldo cruz, em 1904, deu o arcabouço normativo, para os sistema atual, albergando resquícios quanto legitimidade da obrigação vacinal, como se encontra, no art 14 do Estatuto da Criança e do adolescente, que dispõe sobre a obrigatoriedade da vacina. Este posicionamento, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, compõe as medidas preventivas com fins de suprimir  uma iminente epidemia.  Como se vê, as ideias dicotômicas quanto a imunização, figuram como protagonista na linha tênue entre o princípio de autonomia e a obrigatoriedade da vacina. Diante dessa problemática, portanto, seria cabível que a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), junto ao Ministério da Saúde (MS) fomente a responsabilidade coletiva, com vistas a desanuviar  o equívoco e a ignorância, valendo-se de meios midiáticos para difundir informações quanto à eficacidade dos imunobiológicos.