Enviada em: 20/04/2018

“Devemos promover a coragem onde há medo, o acordo onde existe conflito e inspirar esperança onde há desespero.” Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul. Diante disso, é possível fazer uma analogia com a crítica situação dos policiais brasileiros de fronteira. É notório, que a criação de políticas fronteiriças brasileiras que funcionem, priorizando a segurança e combate efetivo desse grande desafio se torna imprescindível.      Indubitavelmente, a insuficiência de investimento estatal, de cooperação regional e bilateral nas regiões de fronteira atesta que essas regiões não estão na agenda de prioridades políticas. Nesse sentido, são cerda de 17 mil km no total de fronteira terrestre Brasil, Paraguai, Uruguai, Peru e dos demais de acordo com o projeto Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) a extensão das fronteiras brasileiras coloca a tecnologia como elemento fundamental para aumentar o controle do fluxo de drogas e armas. No entanto, só 4% são cobertas pelo Sisfron, ou seja, por falta de investimento o projeto não pode chegar a sua adesão máxima.         Além disso, apesar de as fronteiras terem uma dimensão nacional e outra internacional, as respostas brasileiras não comportam a bidimensionalidade dos desafios que buscam responder e, portanto, torna-se difícil alcançar os resultados a que se propõem. Ademais, a deficiencia no quadro de policiais relatado pela Operação Pan-Americana pela (OPA) no primeiro semestre de 2016 diminui a vigilância física, porém o aumento de pessoal na área de inteligência seria uma estratégia mais acertada.       As dificuldades que os policiais de fronteira enfrentam requer prioridade, portanto é necessário que o Governo Federal invista na maximização do projeto Sisfron para que sua abrangência seja total nas fronteiras. Outrossim, é importante que o Ministério de Defesa em parceria com a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) foquem em tecnologia e trabalho de inteligência sufocando financeiramente as organizações ligadas ao tráfico de drogas e de armas. Logo, a qualidade na segurança das fronteiras brasileiras e dos policiais deixará de ser utopia.