Enviada em: 11/10/2018

Na corrente sociológica do Positivismo, entende-se que uma sociedade só progride no momento cuja mobilização pela ordem é imperativa. Todavia, quando se observam os desafios da polícia de fronteira do Brasil, verifica-se que esse ideal não é desejavelmente constatado. Dessa maneira, é imprescindível a análise e o aprofundamento dessa questão no cenário do combate ao tráfico de drogas e na gestão migratória, a fim de buscar melhores perspectivas para o bem comum.        Primeiramente, é indubitável que os mais de 26 mil quilômetros de fronteira do Brasil são um desafio para coibir a entrada de drogas no território. Segundo a corporação  de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, a nação Tupiniquim faz limite territorial com os três maiores países produtores de cocaína do mundo: Colômbia, Peru e Bolívia. Assim, diante dessa realidade, o sobrecarregamento da Polícia de Fronteira é eminente e, como reflexo, outros quadros de atuação acabam sendo prejudicados, como o do resguardo das terras indígenas e o da vistoria social de estrangeiros.         Em segundo lugar, a controle migratório no Brasil também representa uma dificuldade para a Policia de Fronteira, uma vez que, além do grande limite geográfico brasileiro, a inépcia governamental nesse aspecto é significativa. Exemplo disso é a atual crise migratória venezuelana no Estado de Roraima, a qual até o segundo semestre de 2018, havia um descontrole na entrada de venezuelanos, o que sobrecarregou serviços públicos, como a segurança, saúde e a coleta de lixo, segundo o portal G1 local. Nesse sentido, percebe-se que o Governo não é condizente com o ideal Positivista de progresso e, por isso, a tendência é o surgimento de caos sociais semelhantes que afetam consideravelmente a qualidade de vida da população.         Portanto, já afirmava Thomas Hobbes que é dever do Poder Público exercer medidas para coibir os males na sociedade. Logo, cabe ao Ministério da Defesa desenvolver um programa de fiscalização de fronteiras, em conjunto às polícias militares e civis das cidade fronteiriças brasileiras e estrangeiras, com o objetivo de compartilhar e promover táticas, tecnologias e ações contra o tráfico de drogas. Ademais, é importante que o Poder Executivo, junto à Polícia Federal, crie uma comissão composta por governantes e agentes federais, com o intuito de pesquisar e destinar, da melhor forma, os recursos dos impostos no controle migratório, visando, principalmente, as zonas urgentes. Realizadas essas medidas, melhores perspectivas surgirão para o bem comum da sociedade brasileira.