Enviada em: 27/06/2019

As polícias de fronteira são responsáveis pelo patrulhamento e segurança nas zonas fronteiriças do Brasil, com o objetivo de promover a seguridade nacional como um todo. Questões como o tráfico de drogas, de pessoas, contrabando de animais silvestres e a proteção militar da pátria são as questões principais. Porém, hoje em dia, esse cenário tornou-se problemático devido à falta de estrutura adequada que deveria ser oferecida pelas grandes instituições, como o Ministério da Defesa, e à corrupção sistemática historicamente enraizada na política e na cultura brasileira.        Em primeiro plano, desde o fim da Guerra do Paraguai e a ascensão da popularidade dos militares pelo vencimento na batalha, as reivindicações por melhores condições de trabalho são postas em pauta. As demandas como baixos salários, desvalorização dos serviços militares e falta de recursos para o exercício pleno do oficio são defendidas pela maioria das patentes. Assim, a falta de repasse financeiro para compra de materiais essenciais, como armamentos e artigos tecnológicos, por exemplo, acarreta no sucateamento do serviço dos policiais nas fronteiras, que não conseguem exercer suas funções com a excelência esperada justamente pela escassez desses recursos. Logo, o problema da má distribuição financeira às Forças Armadas é fator principal na questão da precariedade desse serviço e, consequentemente, responsável pelos péssimos resultados apresentados pela corporação.       Além disso, a realidade de corrupção perpetuada pelos governos já vigentes e profundamente enraizada na cultura brasileira dificulta o exercício justo e distante de fraudes desses profissionais. De acordo com o jornal online O Globo, mais de duzentos policiais da fronteira foram afastados no período de 2010 pela conduta criminosa de cobrar propina para o tráfico de drogas. Nesse caso, a Colômbia e o Paraguai são os principais produtores de cocaína do mundo e veem a fragilidade política e social do Brasil como uma forma de exportar suas mercadorias ilícitas. Dessa forma, o sentimento de impunidade e do "jeitinho brasileiro" tão cultuado pelo povo até hoje, interfere diretamente no combate às criminalidades no extremo do país e reafirmam o sistema corrupto e de interesses particulares do Brasil.       Dessarte, medidas de visam amenizar os desafios da polícia de fronteira são necessárias. Para tal, o Ministério da Educação deve promover rodas de debate nas escolas de nível básico e superior de todo o país, de forma a tratar dos temas sobre o tráfico de drogas nos limites do país e a corrupção sistemática, com o auxilio de profissionais da área - como cientistas sociais. Essa medida visa fomentar as discussões sobre o tema no meio estudantil, para que haja a conscientização dessa geração e, a médio e longo prazo, mudanças sejam realizadas em prol da melhoria do serviço de polícia fronteiriça.