Enviada em: 26/02/2018

Hodiernamente tem se discutido o envolvimento da polícia de fronteiras nos transportes com cargas repletas de drogas ilícitas, na busca implacável pelo combate ao tráfico dessas substâncias. Projetos como o Calha Norte, desenvolvido no Regime Militar, atenuaram a situação nos limites do país. Entretanto, o policiamento atual é exigido ao máximo contra fenômenos como a biopirataria e o ocultamento de cargas. Em primeiro lugar, cabe ressaltar a apreensão dificultosa por parte das polícias de fronteiras nos crimes de roubo ao banco da biodiversidade brasileira. A imensa extensão territorial do Brasil pressupõe maior rigor na fiscalização dos limites adjacentes com outros países apesar de, quase sempre, existir inimigos internos para facilitar exportações da fauna e flora do Brasil. Como resultado, parte dessas espécies endêmicas que foram exportadas, não conseguem sobreviver nas localidades internacionais ou passarão a atuar como espécies exóticas nocivas ao meio inserido. Por outro lado, além da polícia fronteiriça lidar com a biopirataria, há práticas que ocultam elementos suspeitos ao olhar das autoridades fiscais. Cada vez mais, o tráfego de cargas nas rodovias brasileiras é demandado pela indústrias, comércios e serviços, ambos dotados de frotas nas quais envolvem o uso de transportes robustos, tipicamente suspeitados pelo policiamento de fronteiras. Tal desconfiança é comprovada quando, por exemplo, caminhoneiros aliciados pelo tráfico são flagrados com carregamentos abastecidos por armas ou drogas para países fronteiriços. Em contrapartida, os trabalhos individuais das outras instâncias policiais enfraquece o rigor no visto aos produtos ilegais que chegam ou partem. Portanto, é evidente a necessidade de controlar atividades criminosas no contorno territorial brasileiro. Para isso, o Ministério da Defesa deve incluir exercícios militares das Forças Armadas dentro das florestas brasileiras, a fim de conter contrabando de espécies nativas dos ecossistemas. Além disso, a ABIN poderia dar suporte de inteligência ao policiamento fronteiriço, de tal forma a objetivar reforço na apreensão das cargas ilegais.