Enviada em: 23/04/2018

É de se esperar que um território com mais de 16.000 km de fronteira terrestre e com mais e 700 km de fronteira marítima apresente segurança eficiente nessas localidades a fim de defender o país. No caso do Brasil, porém, o qual possui os maiores limites territoriais do mundo, por ser uma região muito extensa, há um mal prognóstico dessa defesa, sobretudo, na fronteira terrestre devido à baixa quantidade de policiais na área e à falta de recursos tecnológicos do Estado nessa questão, o que ilustra obstáculos para o bem estar dos brasileiros.     É importante ressaltar, primeiramente, que quando Raymundo Faoro enuncia que o Brasil herdou de Portugal um Estado patrimonialista e burocrático, evidencia-se o peso da cultura portuguesa na questão das dificuldades enfrentadas pelos policiais de fronteira. Nesse sentido, desde a colonização, regiões como, por exemplo, Amazônia e Mato Grosso foram ocupadas visando à defesa em função do povoamento e não o contrário, o que representa subestimação do poder público em tal problemática. Dessa maneira, essa cultura se perpetua até o dias de hoje ocasionando baixíssima quantidade de policiais rodoviários, principalmente, na fronteira terrestre, que possui longa extensão, constituindo um desafio a ser enfrentado.      Ademais, no cenário da Revolução Técnico Científico, é natural os países adotarem equipamentos tecnológicos para melhor promover a defesa da nação, o que ilustra a necessidade do Brasil obter tais ferramentas para rechaçar, sobretudo, o contrabando, o narcotráfico e roubos nas fronteiras terrestres, pois, nas marítimas, são mais vigiadas devido sua exposição ao mundo internacional. No entanto, observa-se o oposto: há tecnologia insuficiente para combater os crimes, os quais são intensos  na fronteira com o Paraguai. Dessa forma, sem o sistema tecnológico necessário, o Brasil torna-se a principal rota da grande empresa do tráfico de drogas para outras localidades do mundo.       Fica claro, então, que a ineficiência na apreensão dos crimes, sobretudo, na fronteira terrestre do território brasileiro constitui um desafio a ser mitigado. No propósito de fomentar o investimento do Estado na região de fronteira, o Ministério de Segurança Pública deve estimular o sistema de tecnologia que auxilia a captação dos crimes de fronteira por meio de subsídios ou redução de impostos em empresas brasileiras que se inserem no ramo da iniciação científica, porque, assim, haverá melhora na defesa nacional.