Enviada em: 17/03/2019

Na década de 60, teve início no Brasil projetos de industrialização de grandes cidades da região Sudeste, ocasionando migrações de pessoas de diversos locais do país que buscavam mais oportunidades, principalmente dos campos, para essas urbes. Esse desenvolvimento foi fundamental ao processo de urbanização. Entretanto, isso não ocorreu de forma planejada e ordenada, o que acarreta até aos dias atuais diversas consequências, como a crescente periurbanização e moradias sem infraestrutura. Uma residência digna é a que garante todas as condições básicas ao morador. E, de acordo com o artigo 6º da Constituição Federal de 1988, a moradia é considerada um direito social do cidadão, contudo 7,7 milhões de famílias não podem exercê-lo em sua plenitude. O desemprego e valores exorbitantes de alugueis são dois fatores que fazem com que as pessoas busquem residir em locais precários. As favelas são exemplos reais do déficit habitacional, existentes desde o final do século XIX, são locais que, na maioria das vezes, não têm acesso a  coleta de esgoto e lixo, energia e água encanada. Além disso, os residentes desses locais estão em constante insegurança, pois as casas são construídas nos morros e encostas, podendo ser levadas pelos deslizamentos de terra, já que para construir suas residências é necessário retirar a camada vegetal original, deixando assim o solo exposto. Essas residências são, em sua maioria, feitas de madeiras e lona, inacabadas, que não impendem o frio e animais peçonhentos de adentrarem. Em vista disso, nota-se a importância de combater as desigualdades habitacionais existentes na população. Portanto, o governo federal juntamente com as prefeituras devem investir em urbanização das favelas, levando saneamento básico, água encanada e energia elétrica. Como também deve investir mais no programa Minha Casa, Minha Vida, para que a população mais carente tenha acesso a residência seguras e adequadas, e cada cidadão possa usufruir de um direito básico, que é ter uma moradia digna.