Enviada em: 16/02/2018

A memoria imunológica da infância define a qualidade de vida do adulto futuro    A oferta de produtos industrializados ricos em carboidratos ruins cresce progressivamente. Ademais, as crianças estão tendo cada vez mais acesso a esses produtos, devido a incapacidade dos seus educadores em influenciá-las a ter uma educação alimentar correta. Como consequência disso, a obesidade, fruto dessa má educação, já é, no Brasil, um problema de saúde pública, que afeta uma em cada três crianças. O tratamento para essa patologia no país ainda é falho, dificultando ainda mais o seu combate. Isso ocorre porque a obesidade é causa de doenças crônico-degenerativas, como a diabetes e o colesterol alto, que recebem uma atenção considerável no seu tratamento, sendo que essa atenção deveria ser direcionada a obesidade, solucionando, consequentemente, as outras patologias.     A falta de informação, ou mesmo a incredulidade nos fatos, permite que os pais de muitas crianças permitam a constante ingestão de alimentos com alto valor calórico, como fast-foods e refrigerantes. Essa atitude eleva de maneira excessiva os níveis de açúcar no sangue, podendo causar o excesso de peso e consequente queda e inutilização de receptores de insulina, que é a causa do diabetes tipo dois, e o aumento da pressão cardíaca, gerando cansaço frequente e estresse, devido o incomodo causado pela dificuldade de respirar. Tais sintomas reduzem cada vez mais a expectativa de vida desses infantes, pois a educação alimentar realizada na infância repercute no comportamento alimentar quando adultos.    Essas doenças, que são consequência da obesidade, não devem ser o foco no tratamento das crianças afetadas pela patologia em questão. Isso porque, geralmente, o tratamento de uma não cura a outra. No entanto, quando o foco está em tratar o distúrbio de peso corpóreo, todas as outras patologias podem ser consequentemente tratadas, uma vez que esse tratamento é feito por meio de uma reeducação alimentar e pela prática de exercícios físicos. Essas atitudes, normalizam, com o passar do tempo, diversos processos metabólicos que estavam defeituosos no organismo, permitindo as doenças crônico-degenerativas sejam resolvidas em conjunto.    A reeducação alimentar é a base para tratar essa doença, e para que isso ocorra é preciso  que os pais ofereçam seus filhos alimentos saudáveis, ou restrinjam a ingestão de alimentos ricos em carboidratos e gorduras. Para que essa atitude seja eficaz, é preciso que as empresas produtoras desses alimentos alertem sobre os malefícios que o consumo excessivo pode causar e especifiquem a quantidade aceitável para que o consumo não seja prejudicial. Feito isso, a quantidade de crianças obesas no país irá reduzir consideravelmente.