Enviada em: 15/03/2018

No filme "Wall-E", é retratado, em determinado momento,o estilo de uma sociedade ociosa e obesa, a qual não realiza quase nenhuma atividade, sendo os robôs responsáveis por isso. Análoga à história é a realidade brasileira, já que, com a modernidade, a rapidez é influente também no modo de alimentar-se, esse sendo irregular e podendo desencadear a obesidade, principalmente nos mais jovens.         Sabe-se que, de acordo com a teoria de modernidade líquida, do sociólogo Zygmunt Bauman, esta é causadora de uma agilidade nas ações e interações pessoais, como também há uma superficialidade. Assim, tal dinamicidade é refletida na alimentação atual dos brasileiros, os quais possuem pouco tempo para a maior parte das tarefas rotineiras. Devido a isso, há a ascensão do mercado alimentício, essencialmente no que se refere às comidas industrializadas, tidas como mais práticas e rápidas; no entanto, pode-se acarretar déficit nutricional e, até mesmo, a obesidade. Ademais, essa problemática é advinda da ausência de incentivo à uma alimentação mais saudável, sobretudo à parcela mais carente da população, e escassez de informações sobre o risco dessa irregularidade.        Por conseguinte, é de notoriedade geral o protagonismo das crianças neste quesito; pois, segundo o Ministério da Saúde, 1 em cada 3 crianças, de 5 a 9 anos, possui excesso de peso e 8,4% dos adolescentes são obesos. Em vista disso, mediante o pensamento de Immanuel Kant : " O homem é aquilo que a educação faz dele", percebe-se a falha relacionada ao não direcionamento e deficiente educação nutricional, tanto da família como das escolas. Uma vez que, a inadequada alimentação dos jovens advém não somente disso, mas, em vários casos, de influências midiáticas. Destarte, problemas de saúde, como diabetes, terão maiores chances de ocorrer e, do mesmo modo, atrelados ao psicológico, pelo fato dos obesos serem vistos como "fora dos padrões" e também vítimas de bullying.        Portanto, medidas são importantes para combater o impasse. É essencial o incentivo, pelo Estado, à uma alimentação regulamentada, promovendo a fiscalização dos cardápios escolares, exigindo a revisão destes. Desse modo, as instituições escolares devem disponibilizar profissionais encarregados de orientação, por meio de projetos, desde cedo, aos alunos, sobre a importância da regularidade alimentar e que proporcione a desmistificação de padrões estéticos, concomitante à prática do bullying. Ainda haja, através da mídia, a realização de propagandas discutindo os riscos do excesso de peso precoce e de como manter-se mais saudável. Por fim, a família tenha a consciência amplificada, seguindo os ideais das campanhas e ,mediante o diálogo, possibilite uma melhor educação nutricional aos filhos, para efetivar-se a suavização da obesidade infantil.