A expressão "Saúde de uma criança" era sinônimo de um organismo saudável. Entretanto, segundo o site BBC, calcula-se que o Brasil terá 11,3 milhões de crianças obesas até 2025, desconfigurando o significado da sentença. Nesse contexto, deve-se analisar como o marketing infantil e a educação alimentar negligenciada na infância influencia na problemática em questão. A propaganda estratégica para atrair as crianças é a principal responsável pelo preocupante quadro de obesidade infantil. Para Adorno e Horkheimer, isso diz respeito a uma indústria cultural que tem como objetivo implantar a necessidade de consumo, provocando assim, a crise da razão. Desse modo, tal crise é mais preocupante quando o público destinado apresenta-se em em fase de desenvolvimento crítico, tornando-o suscetível à simples influências externas, a exemplo de embalagens com personagens infantis nos alimentos, não julgando o produto. Atrelado a isso, o Ministério da saúde constatou o preocupante dado de que 1 em cada 3 crianças estão com excesso de peso no Brasil. Outrossim, contribuindo com o marketing apelativo, a falta de uma educa- ção alimentar leva a criança comer irrestritamente. Assim, Paulo Freire diz respeito a uma educação crítica, e dessa forma, libertadora. Com isso, um indivíduo ciente da importância que tem sua alimentação se torna mais responsável sobre o que consome. Porém, a falta dela é propulsora para a criação de uma juventude obesa, ou seja, futuros adultos doentes, haja vista que pode desenvolver doenças crônicas, a exemplo da diabetes. Torna-se evidente, portanto, que a obesidade infantil é um problema no Brasil hodierno. Para isso, O MEC deve fazer o controle dos alimentos ofertados nas escolas, aumentando o número de opções saudáveis e fazendo campanhas de conscientização, para a formação de crianças que coloquem sua saúde em primeiro plano . Além disso, o Estado, na figura do Poder legislativo, deve criar regulamentações mais severas sobre as propagandas infantis,para que a inconsciência não seja sinônimo de lucro.