Enviada em: 31/03/2018

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade infantil é um dos mais sérios desafios de saúde pública do século XXI, que tem afetado diversas crianças nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, conforme os dados do Ministério da Saúde, um a cada cinco brasileiros está obeso e metade da população vive acima do peso. Em relação às crianças, uma a cada três, entre 5 e 9 anos, têm excesso de peso. Embora os motivos desse quadro sejam multifatoriais, decerto que a alimentação inadequada e a falta de atividade física são as razões vitais.   Com efeito, a epidemia da obesidade infantil no solo brasileiro tem precedentes na globalização cultural, que difundiu no país o modo de vida americano, gerando o hábito do consumo de alimentos ultraprocessados. Não obstante, o advento dos fast-foods, propagados na televisão, internet e outdoors, têm atraído inúmeras famílias e crianças, que, na busca de uma refeição rápida, ingerem ainda mais calorias, gordura, colesterol e sódio.      Essa situação tende a se agravar à medida em que a criançada fica mais tempo sentada diante da televisão, do videogame e do smartphone, o que reduz a atividade física, aumentando o sedentarismo, que, unido à refeição  pobre em vitaminas minerais e tantos outros nutrientes saudáveis,  contribui para o surgimento de muitas doenças crônico-degenerativas. De fato, a obesidade pode resultar na diabetes, na hipertensão e, em alguns casos, na depressão, que é possível ter como consequência o suicídio.     Em face do exposto, é necessário, portanto, para diminuir a obesidade infantil, que a família empreenda uma reeducação alimentar, que perpasse pelo planejamento semanal das refeições, de modo a excluir do cardápio os alimentos ultraprocessados, incluindo, assim, os não processados, a fim de eliminar o sobrepeso e melhorar a saúde física e emocional de todos do lar. Cabe às instituições educacionais, onde as crianças ficam boa parte do dia, a promoção de atividades físicas, mediante esportes, para o combate e prevenção a diversos tipos de doenças. Por fim, os pais devem também praticar essas atividades físicas, incentivando os filhos a serem saudáveis.