Enviada em: 01/04/2018

Conforme o IBGE, 33,5% das crianças brasileiras sofrem de sobrepeso ou obesidade. Por esse motivo, elas apresentam sintomas de doenças de adultos, como diabetes, pressão alta, doenças cardiovasculares, problemas psicológicos e de convívio social. Nesse contexto, deve-se analisar como os hábitos alimentares e o sedentarismo influenciam na problemática em questão.     De fato, o aumento nas horas de trabalho, o crescimento do poder de compra dos brasileiros e a influência dos comerciais, participaram ativamente na mudança dos hábitos alimentares. Isso acontece porque, com menos tempos para as refeições, os pais acabam dando prioridade para alimentos industrializados e de fácil preparo, acreditando inocentemente em propagandas que dizem por exemplo que, o suco de caixinha é néctar da fruta, sem mencionar se quer o quanto de açúcar possui. Em decorrência de alimentos ricos em carboidratos e lipídios, crianças têm dito cada vez mais problemas de saúde relacionados com a obesidade, correndo o risco de permanecer assim, pois, conforme divulgado no documentário “muito além do peso”, a cada 5 crianças obesas, 4 permanecerão obesas quando adultas.     Além disso, nota-se como o sedentarismo e a tecnologia também contribuem para o aumento de crianças obesas no Brasil. Seja por facilidade de entretenimento ou por medo da crescente violência nos centros urbanos, os pais permitem que os pequenos passem cada vez mais tempo em frente às telas, deixando de lado as brincadeiras que trabalham a saúde do corpo, a saúde mental, além de ajudar na sociabilização da criança. Por consequência, 78% das crianças brasileiras não atingem o mínimo de exercícios recomendados pela Organização Mundial da Saúde.     Torna-se evidente, portanto, que essa realidade precisa ser mudada. Em razão disso, é essencial uma parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação para realizar palestras com responsáveis e profissionais da saúde, levando informações claras e objetivas sobre uma alimentação adequada e equilibrada para serem debatidas em escolas e comunidades, também sendo importante a criação de uma matéria sobre educação alimentar, mostrando novos sabores e formas de preparo de alimentos as crianças e adolescentes, incentivando com isso uma alimentação mais natural possível. Ademais, o Ministério da Saúde deve participar junto ao Ministério do Esporte para divulgação por meio dos comerciais de televisão e mídias sociais, informando e reeducando a população sobre a importância da atividade física para a manutenção da qualidade de vida. Dessa forma, com a participação de profissionais, governo e sociedade é esperado que essa situação alarmante mude, tornando possível um futuro diferente para as crianças do Brasil.