Enviada em: 26/03/2018

" O homem é o que ele come". A frase do filósofo, de cunho materialista, Ludwing Feuerback traduz um dos maiores problemas de saúde pública nos dias atuais. O excesso de peso representa um dos grandes vilões da vida saudável, servindo de base para inúmeras doenças. Indubitavelmente, o sedentarismo e a má alimentação são os principais desencadeadores do ganho de peso, principalmente entre a população infantojuvenil. Tal fato é de extrema relevância, uma vez que, este contexto causal pode resultar em obesidade, considerada hoje como uma grave doença e não mais como um distúrbio estético.      Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2013, cerca de 46% da população brasileira é sedentária, sendo que, as estatísticas apontam para um crescimento entre crianças e adolescentes. Tal fato pode ser ilustrado por uma passagem do filme Wall-e, no qual os humanos tornam-se sedentários porque as máquinas desempenham todas as atividades que seriam destinadas a eles. Outrossim, percebe-se que a inatividade está cada vez mais frequente entre as crianças e os jovens, que preferem a diversão oferecida pelas telas de celulares e computadores à brincadeiras ao ar livre.     Além disso, outro fator relevante que contribui para o desenvolvimento da obesidade é a má alimentação. Hodiernamente, é cada vez mais comum a introdução precoce de alimentos inadequados na dieta de bebês, por parte dos pais. Por conseguinte, grande parte dessas crianças serão adolescentes com excesso de peso e adultos obesos, com uma infinidade de comorbidades, como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial e diabetes mellitus. Esse contexto pode ser confirmado com base nos dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Geografia e Estatística, em 2010, que comprovou que, de 33% de crianças com excesso de peso, aproximadamente 15% serão adultos obesos.         Destarte, é necessário que seja realizado em caráter de urgência, uma remodelação nas escolas, por parte das autoridades responsáveis, no que tange a inserção de alimentos saudáveis nas merendas escolares e a não comercialização doces, refrigerantes e frituras nessas instituições de ensino. Agregado a isso, é relevante também que se faça um trabalho em conjunto entre professores, nutricionistas, educadores físicos e pais e/ou responsáveis, no sentido de reeducar o paladar das crianças e estimular a prática de atividades físicas, tanto daquelas que enfrentam o excesso de peso ou obesidade,quanto daquelas que se encontram dentro do peso normal. É possível concluir ,assim, que a educação pode ser o remédio para a cura desse mal cada vez mais presente chamado obesidade.