Enviada em: 29/03/2018

No Brasil hodierno, a obesidade infantil ainda é analisada de forma agravante. Tal situação se intensifica, sobretudo, quando se observa a alarmante taxa de obesidade entre crianças e adolescentes em gradação desenfreada comparada à população, mostrando-se cada vez maior. Desse modo, o excesso de peso e gordura são responsáveis por inúmeros corolários negativos agravados diariamente, tanto pela precária alimentação saudável e exercícios físicos, quanto pela banalização dessa questão por parte da família e do Governo. À vista disso, o consumo exacerbado de alimentos calóricos, é prejudicial para o desenvolvimento do país, para uma alimentação equilibrada e a diminuição de doenças crônico degenerativas, além de reforçar o aumento de uma geração de jovens adultos doentes. Nesse sentido, seguindo a linha de pensamento do importante sociólogo Zygmunt Bauman, o qual afirma "Consumo, logo existo", é de acessível comentário que há uma condição indispensável à vida que é o consumo. Nesse contexto, inserem-se os "fast-food" e os diversos alimentos industrializados e calóricos consumidos indiscriminadamente por muitas pessoas, as quais podem, além de desenvolver problemas de saúde como diabete e doenças cardíacas, enquadrar-se entre os indivíduos pouco aceitos: os obesos. Com efeito, o preconceito e a ausência do tratamento da obesidade em si têm aumentado os problemas na área da saúde. Desse modo, o absentismo da educação familiar e escolar, sobretudo dos órgãos de saúde especializados no assunto para o controle do paladar das crianças desde cedo é palpável, necessitando melhor exposição da realidade para uma maior desenvoltura de uma consciência quanto ao caso. Em decorrência disso, resultados negativos advindos da deficitária educação alimentar são observados, e pela primeira vez na história, as crianças têm uma expectativa de vida menor que a de seus pais devido a uma alimentação inadequada. Nesse peculiar, o pensamento De Emile Durkheim, baseado na coerção social, é de fácil explicação para essa problemática, uma vez que a própria população impõe normalidade à compra ou consumo imoderados, mostrando-se inerte frente a esse conflituoso cenário. Portanto, entende-se a negligência vigente sobre a obesidade infantil como uma problemática cuja necessidade de intervenção é imediata. Para tanto, é mister que as escolas trabalhem junto ao Ministério da educação para que promovam  a conscientização e educação alimentícia das crianças e jovens, por meio de palestras, projetos e atividades físicas, a fim de corolários negativos advindos da obesidade sejam discutidas. Ademais, a família, por intermédio da educação do paladar das crianças desde cedo deve ensinar e estimula-las a uma alimentação equilibrada com fito de diminuir essa nociva situação de escala global. Essas são, pois, possíveis soluções ao caso.