Enviada em: 28/03/2018

A falta de instrução em detrimento do futuro da nação    Nos últimos 30 anos, o Brasil reduziu de forma significativa a desnutrição infantil. Entretanto, na atualidade este problema coexiste com a obesidade, que tem uma amplitude ainda maior por atingir todas as camadas da sociedade. A obesidade infantil é apenas um reflexo do descaso governamental - com a ausência de medidas paliativas -, da influência da publicidade- ao demonstrar apenas o lado bom dos alimentos prejudiciais a saúde- e principalmente da má instrução dos pais a cerca de hábitos alimentares saudáveis - ao deixarem de ser exemplos e passarem a ser colaboradores-. Esses fatores associados corroboram não apenas com a má educação alimentar, mas também com a ausência de atividades físicas, baixa auto-estima e consequentemente, a marginalização destas crianças em relação as oportunidades perdidas, que deviam na verdade serem asseguradas por direito.      A persuasão das campanhas publicitárias não é suficiente para obrigar os pais a aquisição do produto para consumo dos filhos. Apesar das propagandas ocultarem o lado ruim dos alimentos industrializados, as mesmas não são persuasivas o suficiente para obrigarem os pais a adquirirem para seus filhos. Isso demonstra que ao serem responsáveis pela instrução da criança, os pais acabam sendo os principais colaboradores da má educação alimentar dos filhos a partir do momento que não os estimulam a terem hábitos alimentares mais saudáveis e muito menos a prática de atividades físicas.      Investir no tratamento das consequências, ao invés de atuar na prevenção do problema não é a melhor medida a ser instituída pelo governo. Politicas públicas que estimulem a educação alimentar estão ausentes no cotidiano das crianças, da mesma forma, que as escolas não possuem , em sua maioria, a infraestrutura adequada para realização de atividades recreativas. Dessa forma, o tratamento torna-se ineficaz a partir do momento em que o direito a prevenção não foi ofertado a todas as crianças.       Portanto, torna-se necessário a instituição de medidas não apenas para extinguir este impasse, mas para prevenir que ele volte a perpetuar na atualidade. Primeiramente, que o Ministério da Educação crie um programa de incentivo a educação alimentar saudável a partir da instituição de palestras educativas nas escolas e do acompanhamento nutricional e psicológico para as crianças que já estão acima do peso. Seguidamente, pelo investimento na infraestrutura das escolas para que seja possível a prática de atividades físicas e recreativas que tornem estas parte do cotidiano das crianças. Por fim, levando em conta o pensamento de Johann Goethe: "Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a", só será possível ensinar uma criança a ter hábitos alimentares saudáveis se o exemplo vier a partir dos pais. A partir disto, o futuro da nação de forma saudável estará finalmente, assegurado a todos.