Enviada em: 28/03/2018

No filme "A fantástica fábrica de chocolate", observa-se como crianças são influenciadas a consumirem alimentos industrializados, ainda que não saudáveis. Paralelamente, a ingestão de tais produtos em larga escala tornou-se um hábito na sociedade atual. Nesse cenário, a obesidade infantil tornou-se uma grave questão, pois seus desdobramentos constituem um grave óbice para a juventude, pois afetam sua saúde física e psíquica.          Em primeiro plano, razões mercadológicas contribuem para esse quadro. Na perspectiva do filósofo alemão Karl Marx, o capitalismo incorpora seus interesses na sociedade, ajustando-a. Logo, o forte investimento da propaganda em elementos lúdicos têm por finalidade atingir o público infantil, haja vista que este é facilmente convencido. Consequentemente, há a difusão da busca por alimentos gordurosos e pouco nutritivos.         Sob essa ótica, tal doença compromete o bem estar social. Tendo em vista que há um grande contingente acometido por ela, - segundo dados do Ministério da Saúde 8,4% dos adolescentes brasileiros são obesos - seus impactos são potencialmente amplos, em razão dos padrões estéticos de beleza atuais que valorizam corpos magros. Por conta disso, práticas vexatórias como o bullying são recorrentes contra indivíduos que fogem a esse arquétipo. Em decorrência disso, eles desenvolvem fobias sociais, dificuldades estabelecer relações interpessoais e baixa autoestima.           Além disso, a obesidade infantil apresenta uma ameça para a homeostase do corpo. Os excessos de alimentos ricos em lipídios e açúcares implicam no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, hipertensão e problemas respiratórios. Portanto, aquela consiste em uma condição progressiva de comprometimento da saúde em geral. Dessa forma, é necessário que seja  fortemente combatida.        Nessa linha, é indispensável que a práticas cotidianas sejam reformuladas. Para tanto, o Ministério da Educação, em parceria com as secretarias locais dessa divisão, devem implantar uma disciplina no currículo da formação básica comum que trate de questões de saúde alimentar. Nela, deve-se instigar a prática de atividades físicas, expor teoricamente a maneira correta de alimentar-se e estimula-la via cultivo de uma horta nas dependências escolares pelos discentes. Não obstante, o Conselho Nacional de Autorregulamentação de Propaganda (CONAR) deve criar resolução cujo conteúdo limite a atuação midiática de anúncios alimentícios, a fim de dirimir a influência desmedida exercida sobre crianças e adolescentes. Desse modo, a obesidade infantil será desestimulada a ponto de ser superada no Brasil.