Enviada em: 21/04/2018

Karl Marx - sociólogo alemão - afirmava em seus discursos que a história de toda a sociedade, da antiguidade aos dias atuais, é uma história de luta de classes. Hoje, no Brasil, percebe-se acertada sua filosofia: os privilégios de segurança possuídos pela elite do país revelam o descaso do governo com a população mais pobre. Com isso, surge a problemática dos desafios do sistema de segurança pública no Brasil, seja pelo impasse de apenas uma parcela elitista ter acesso à segurança verdadeira, seja pela associação de alguns militares com forças criminosas.     Em primeira análise, é válido ressaltar que, em uma sociedade capitalista, aquele que é detentor dos meios de produção é quem tem maiores privilégios, dentre os quais inclui-se uma segurança eficaz. Dessa forma, consoante ao pensamento Marxista, a população mais carente fica entregue à criminalidade e tem seu direito à segurança, resguardado pela Constituição de 1988, ferido.         Ademais, faz-se necessário ressaltar que soma-se à essa problemática o envolvimento policial com o crime. Sob a ótica do sociólogo Émile Durkheim, o crime é um fato social necessário para que perceba-se a ineficácia de alguma lei em dado momento. Sendo assim, o envolvimento das forças militares com a criminalidade revela que a raiz da problemática encontra-se nos próprios órgãos ligados à segurança da nação, contribuindo para o aumento das práticas criminais. Por conseguinte, a população permanece à mercê da violência.         Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para a resolução do problema. Destarte, cabe ao Governo fazer investimentos financeiros aos órgãos de segurança, a fim de possibilitar uma melhoria desse sistema e consequente acesso desses órgãos a todas as parcelas da população. Ademais, cabe ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público, fomentar investigações acerca dos casos de militares corruptos, que dificultam o combate à criminalidade, a fim de findar o impasse. Dessarte, reverte-se-á o quadro e será criado um legado igualitário do qual Marx se orgulharia.