Enviada em: 14/05/2018

Em outubro de 1992, o massacre do Carandiru chocou o Brasil e o mundo com a precariedade do sistema penitenciário brasileiro. Porém, além da crise nas prisões há um colapso na segurança como um todo e este fato foi apenas uma demonstração disso, infelizmente, por meio de centenas de mortes. Portando, cabe analisar as causas de tanta insegurança e instabilidade na proteção do país e buscar solucioná-las de maneira pacífica e sensata.     Em primeiro plano, vale destacar a sensação de impunidade nas cidades brasileiras. Crimes de diversas naturezas são praticados e a demora para solucioná-los é notória acarretando a falta de crença em um sistema de segurança eficiente pela população. A exemplo têm-se o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, no qual a investigação, após meses, não chegou a uma conclusão que leve de fato a um culpado. Tal atitude só corrobora para o aumento dessa descrença.     Além disso, a polícia, que deveria promover a segurança, é ameaçada e menosprezada durante o seu serviço. Frequentemente se vê milícias e facções criminosas comandando atentatos contra policiais, pois eles representam a ordem, buscando atingir a confiança e a segurança da população no Estado. Segundo o site G1, em 2018 já são 44 policiais mortos comprovando assim uma instabilidade de quem deveria exercer amparo.     Por tudo isso, analogicamente ao dito popular "antes cautela do que arrependimento" é necessário que o Estado intervenha hoje, na situação da segurança, para que no futuro a sociedade não sofra as consequências desse descaso. Cabe ao Ministério da Justiça, em parceria com a polícia, planejar de forma eficiente e consistente um plano de metas a curto e longo prazo, estabelecendo neste as ações de patrulhamento, prazo para término de investigações e como elas serão feitas para que esse prazo seja rápido e eficaz, além de uma aproximação sadia com a comunidade, buscando confiança e acima disso a segurança do país.