Enviada em: 19/05/2018

Segundo o químico francês Lavoiser, na natureza, nada se cria e nem se perde, mas tudo se transforma. De forma análoga, quando analisamos a problemática da segurança pública no Brasil na contemporaneidade, é perceptível a necessidade de transformações frente aos impactos causados na sociedade. Nesse sentido, percebe-se a falta de medidas de combate à violência e à criminalidade para a resolução da temática.        Nesse contexto, os políticos não buscam criar estratégias para uma total solução das questões sociais, tornando-se esse o principal paradigma da segurança nacional. Isso ocorre, pois de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman e sua teoria da modernidade líquida, a sociedade se assemelha à vulnerabilidade e fluidez e é incapaz de se manter com a mesma identidade, vivendo em um mundo egocêntrico e individualista. Em síntese, a política brasileira é lamentável, pois a maioria dos representantes se deixam sucumbir pela corrupção e apenas defendem seus próprios interesses.        Além disso, nota-se ainda que o baixo investimento destinado à segurança é preocupante. Isso acontece porque o Estado tem tendência a render apoio político e a buscar resultados a curto prazo, combatendo apenas os sintomas e não a causa. Atualmente, foi aprovado o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, uma proposta sem nenhum planejamento, de baixo custo e ineficaz. Por consequência, os problemas persistem não apenas no estado do Rio, mas em todo o país.        Torna-se evidente, portanto, que a questão da segurança pública brasileira precisa ser revisada. Em razão disso, cabe ao Congresso Nacional elaborar propostas para uma reformulação no modelo de segurança vigente, como a reestruturação do sistema carcerário para total isolamento dos presos do mundo externo e a ampliação dos investimentos no setor, com o objetivo de acabar com os altos índices de criminalidade e violência no país. Dessa forma, podemos transformar a política brasileira da mesma forma que Lavoiser transformou a química.