Enviada em: 15/06/2018

Segurança pública, um desafio do tamanho do Brasil    Em fevereiro de 2017, a paralisação da polícia militar no Espírito Santo transformou o estado em palco de um alto número de assassinatos, furtos, tiroteios e arrastões. Sem policiamento, a população capixaba ficou refém da criminalidade e o medo tomou conta das ruas. Diante desse acontecimento, a dimensão dos temas afetos à segurança pública alerta para a necessidade do debate na sociedade, bem como a necessidade de discutir possíveis soluções e reforma nas políticas públicas atuais do Brasil.   Uma verdadeira terra sem lei, motivada pela luta por reajuste salarial e valorização de policiais militares, o estado do Espírito Santo conseguiu a atenção dos brasileiros ao passar medo e insegurança diante da crise de segurança. Criminalidade crescente, superlotação nos presídios, tráfico, morosidade judicial, guerra entre facções criminosas, entre outros, são problemas atuais enfrentados em todas regiões do país.     Ademais, em 1992, uma rebelião que começou com uma briga e terminou em 111 mortes, o massacre do Carandiru gerou repercussão e se transformou em filme. Contudo, o acontecimento não foi o único drama carcerário que o país presenciou: ao longo dos anos várias penitenciárias do Brasil foram alvos de rebeliões, geralmente iniciadas por brigas internas e disputas de gangues. Muitas delas terminaram, presumidamente, em sangue e na morte de vários prisioneiros. Sob o viés da precariedade da segurança pública no Brasil, também podemos destacar as unidades com excesso de detentos, que favorecem a atuação e expansão de facções criminosas. Problema que não só é de responsabilidade da penitenciária, mas envolve também a polícia, a justiça e o governo.    Diante dos argumentos supracitados, fica claro a necessidade de estimular a parceria entre órgãos do poder público e sociedade civil na luta por segurança e qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. É imprescindível que o governo valorize o trabalho policial, investindo em preparação e remuneração mais atrativa, bem como tecnologia de gestão e planejamento inteligente nas policias. Além disso, o judiciário precisa acelerar os processos e fazer cumprir a lei e as penas no tempo correto. Por conseguinte, adotar programas sociais e investir na educação, valorizando e capacitando os professores, com o fito de formar cidadãos comprometidos em garantir o bem-estar da sociedade como um todo.