Enviada em: 04/06/2018

O ESPORTE COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL NO BRASIL        Desde a Grécia Antiga, através dos jogos olímpicos, o entendimento do poder do esporte como instrumento promotor de interação social está fortemente enraizado. No entanto, quando constatamos às precárias e pífias condições das praças esportivas brasileiras percebemos que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste a realidade do país. Nesse contexto, torna-se clara a insuficiência e sucateamento dos ambientes propícios a realização de atividades esportivas, bem como o deficitário entendimento acerca da importância do seu papel social.       Em primeiro plano, é necessário frisar que a falta de investimentos e incentivos financeiros estejam entre as causas do problema. Tal fato se reflete tanto no âmbito amador, quando vemos a sofrível estrutura dos locais onde são praticados os esportes; quanto no âmbito profissional, quando vemos atletas já consagrados como a patinadora Isadora Willians e o ginasta Arthur Zanetti encontrando dificuldades na oferta de patrocínios para o desenvolvimento de suas atividades.        Além disso, outro ponto relevante, nessa temática, é que a sociedade brasileira ainda desconhece o papel inestimável do desporto no processo de socialização. Um exemplo disso são os jogos para cadeirantes que promovem uma elevação social e superação de suas condições físicas. No tocante a isso, o psicólogo Vygotski afirma que é pela interação social que o sujeito se constrói como indivíduo diante do confronto com o mundo externo. Assim, uma mudança nos valores segregacionistas da sociedade passa pela prática de atividades esportivas.        Fica evidente, portanto, que é indubitável promover uma profunda mudança nessa perspectiva. Nesse contexto, torna-se necessário o poder público, juntamente com as ONG’s e a iniciativa privada angariarem patrocínios, impulsionem a construção e criação de escolas de futsal e outros esportes, além de academias de artes marciais, ginásios poliesportivos, como também, ofertem materiais e equipamentos para que a população tenha acesso a essa prática de maneira benéfica. Além disso, cabem as entidades educandárias (escolas e universidades), juntamente com os veículos de comunicação promoverem campanhas e campeonatos interescolares para que os atores sociais interajam buscando minimizar as diferenças e remando próximo a construção da alteridade.