Enviada em: 09/06/2018

SEGURANÇA PUBLICA NO BRASIL: UMA FORMULA OBSOLETA   Dos 19 anos que durou a ditadura civil-militar no Brasil, muitas sequelas foram deixadas que ainda caracterizam a administração e o ordenamento da nossa sociedade. Uma delas é o despreparo das autoridades governamentais diante instabilidades sociopolíticas. Em que usualmente ocorre o acionamento das forças militares para restabelecer um suposto equilíbrio, em um processo no qual as pessoas marginalizadas são as mais afetadas.   É sabido que o sistema de segurança publica do nosso país é ineficiente e defasado, sendo uma de suas causas a falta de um dialogo por parte dos poderes políticos que a defina, juntamente com seus deveres, fiscalização e plano de ação. O estado do Rio de Janeiro constitui um exemplo de sua ineficácia, ao instaurar-se uma verdadeira condição de guerra civil, principalmente na tentativa de combate ao trafico de drogas, em que o saldo deste cenário são violências policiais, desrespeito aos direitos humanos e invasões a lugares carentes, gerando instabilidade, além de investigações insuficientes dos crimes cometidos.  Apesar dos meios de comunicação concentrar as noticias de segurança publica nos eixos sul-sudeste, ao norte do país existem circunstâncias de violência tanto ou mais graves, que não estão recebendo a devida atenção, criando quadros de fragilidade e insegurança social que afeta os aspectos políticos e econômicos daquelas regiões.  Sendo assim, diante deste cenário de precariedade se faz necessário mudanças na esfera política de se lidar com a segurança publica. O Estado poderia criar um plano de ação concreta com medidas definidas que verdadeiramente respeitem toda a população. O poder judiciário poderia abrir inquéritos mais rígidos para os crimes cometidos pelas forças policiais, a mídia, como formadora de opinião, poderia dar mais ênfase a situações de crise em regiões norte-nordeste do país, de modo a criar uma pressão social. Formando assim caminhos para um sistema eficiente.