Enviada em: 05/06/2018

O filme Tropa de Elite do diretor brasileiro José Padilha retrata a corrupção e despreparo da polícia militar no Brasil. Fora das telas, a situação alarmante é um fator majoritário para o aumento dos índices de violência no país. Consta-se, que a problemática é fruto da crescente corrupção dentro das corporações, além das condutas racistas de abordagem nas ruas.      As constantes notícias do surgimento de milícias e envolvimento de profissionais com o crime organizado são provas da corrupção policial. Logo, a má índole dos defensores públicos os levam à formarem organizações criminosas que controlam atividades lucrativas e ilegais, como exemplificado no filme supracitado, que encena a cobrança de taxas voltadas para a segurança dos moradores de áreas periféricas. Dessa maneira, as corregedorias públicas são responsáveis pelo aumento desse tipo de crime ao negligenciar a constante fiscalização necessária.    Ademais, o preconceito militar diante as classes torna o combate ao crime centrado unicamente em áreas marginalizadas. Assim, o perfil de abordagem policial é bem traçado, ser negro e pobre é uma forte justificativa para ações violentas e desumanas, demonstrando o racismo ainda enraizado na sociedade brasileira. Dessa forma, a máxima de Jean-Paul Sartre, quando diz que todo tipo de violência é uma derrota, aponta o grau do problema.     Fica claro, dessa forma, que é imprescindível a ação da esfera jurídica na fiscalização e posterior punição por crimes de corrupção identificados pelas corregedorias, causando assim, diminuição na bandidagem inserida nas delegacias. Sendo relevante ainda, a denúncia anônima de casos de violência policial motivados por um possível ideal racista, processando e recorrendo à mídia para alertar outras possíveis vítimas desse mal. Por meio dessas medidas, o Brasil encaminhará para melhorias significativas no sistema de segurança pública, acabando com o pensamento de Sartre.