Enviada em: 29/03/2018

O sistema de segurança pública brasileiro, ao contrário do esperado, demonstra uma intensa fragilidade e incapacidade de lidar com as situações problemas do país. Prova disto se encontra no episódio ocorrido em janeiro de 2017, quando o caos se estabeleceu dentro de diversos presídios, desencadeado chacinas. Tal contexto, desse modo, é reflexo de um descaso governamental e políticas inefetivas.   Tais políticas, sob esse viés, erram ao buscar soluções superficiais em vez de promoverem transformações profundas. Esta situação é comprovada ao analisarmos dados da ocupação militar da comunidade da Maré, com gasto de 7,14 bilhões de reais. Apesar da alta quantia de dinheiro investida, a insegurança pública permaneceu após o término da intervenção, conferindo a ineficiência de tal ação.   Ademais, o descompromisso do governo perante a tal problemática torna-se outro fator agravante. Ao ter como base as medidas tomadas pelo Estado de Chicago no século XX, período em que tinha-se altos índices de criminalidade, confere-se a verossimilhança da necessidade e efetividade do engajamento político, uma vez que, hodiernamente, a cidade não apresenta mais tais índices.   Urge, portante, que o governo federal reveja suas políticas e postura para que torne-as adequadas e efetivas em prol da sociedade, evitando atrocidades como ocorrido em 2017. Torna-se de grande importância, para isso, que se tenha a implementação da sociologia urbana, medida a qual for tomada por Chicago. Sua aplicação consiste na criação de um instituto sociológico, com profissionais e pesquisadores qualificados, direcionando estudos sobre problemas urbanos como a segurança pública. A partir de tais estudos deve-se trabalhar nas causas dos problemas, por parte estatal, desde que haja investimento. Conforme as análises produzidas, ações como reformas presidiárias e reestruturação policial terão real efeito sob as raízes destas situações problemas.