Enviada em: 29/03/2018

Relativo ao sistema de segurança pública no Brasil, é válido salientar que ele é falho, pois é investido muito pouco no trabalho de inteligência, que de fato resolve crimes, e em contrapartida são gastos muitos recursos em medidas emergenciais que apenas amenizam de forma momentânea a violência.    Um estudo realizado em 2012 pelo Ministério Público, mostrou que apenas 5% dos homicídios tem uma resolução. Este é um dado alarmante, já que é através do trabalho investigativo que se desmantela o crime organizado. Sendo assim, se os mecanismos para destruir o tráfico, que causa imputa tanta brutalidade na sociedade,  não funcionam bem, os índices de violência tendem a subir.    Dessa forma, quando isso acontece o governo tende a adotar medidas pouco efetivas, como é o caso das intervenções militares. Essa prática consiste em colocar as forças armadas na rua, sob tutela do governo federal, para ajudar as polícia na segurança pública. Todavia esse é um meio muito custoso, tanto financeira quanto socialmente, para resolver o problema da violência.    O caso mais recente é o da comunidade da Maré no Rio de Janeiro. As forças armadas foram convocadas para ajudar no combate ao tráfico de drogas no local, e apesar de trazer um alívio momentâneo, sob o custo de forte repressão à população pobre que residia na favela, após a saída dos militares os criminosos voltaram com mais brutalidade do que antes.    É necessário, portanto, que o Ministério da Justiça eleve os investimentos destinados à polícia civil, órgão de segurança pública investigativa, de forma que realize concursos para aumentar seu efetivo e também capacite melhor seus policiais de modo que os tornem mais produtivos. Tudo isso para que não seja preciso se submeter à práticas que apenas suavizam rapidamente a violência.