Enviada em: 02/04/2018

No período ditatorial, durante o governo de Getúlio Vargas, a Segurança Pública tinha por objetivo reprimir ideias contrárias as do governo. Atualmente, cabe a ela assegurar que os cidadãos possam conviver em harmonia, onde cada um respeita os direitos individuais do outro. No entanto, esse sistema encontra-se ineficiente, tendo em vista que a violência tanto nas cidades quanto nos presídios só aumentam.      Em primeiro lugar, é evidente que a ausência de políticas públicas em áreas periféricas é o estopim desse problema. Faltam, portanto, investimentos no âmbito educacional e cultural dos jovens. De acordo com o antropólogo Darcy Ribeiro, ''Se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios.'', desse modo, fica nítida a importância da educação em detrimento da violência.     Por outro lado, fora das ruas, impactado pelo grande número de encarceramento, os presídios brasileiros encontram-se em estado precário. Uma matéria publicada pelo jornal o Globo mostrou um presídio de São Paulo que tem 43 detentos em cela onde a capacidade é para 8 pessoas. As prisões brasileiras tem o papel de reabilitar o preso para conviver em sociedade, entretanto, a ineficiência em exercer essa função faz com que a maioria desses indivíduos acabem cometendo crimes novamente.         É necessário, pois, que se reverta o descaso com a segurança pública no Brasil. Para tal, o Estado em parceria com o Ministério da Educação, primeiramente, deve construir escolas de qualidade nas áreas mais pobres e desiguais do país, desse modo, tirando o jovem da marginalidade, dando chances para que ele cresça na vida por meio da educação. Além disso, o Ministério da Justiça, em parceira com o Poder Executivo, deve aderir às penas alternativas tais como serviço comunitário e prisão domiciliar para crimes não hediondos, ou seja, furto, apropriação indébita e tráfico de pequenas quantidades de drogas, com o objetivo de solucionar o impasse da superlotação nos presídios.