Enviada em: 04/04/2018

De acordo com o artigo 5º da Constituição Federal de 1988, todas as pessoas possuem o direito de ir e vir. Entretanto, isso não é posto em prática de forma integral, tendo em vista que muitos indivíduos, em razão dos altos índices de violência, têm seu direito limitado. Assim, cabe destacar que não há segurança de qualidade para a população. Desse modo, é preciso analisar como a falta de compromisso do Estado e a educação têm influência nessa problemática.        Em primeiro lugar, é necessário salientar que a precariedade da Segurança Pública no Brasil é um problema cíclico. Isso porque esse sistema deve ser composto não só por policiais valorizados mas também por um sistema prisional capaz de reinserir o presidiário na sociedade. No entanto, quando isso não acontece, várias greves de PM's ocorrem e o ex-detento, consequentemente, retorna à criminalidade, que o levará a ser preso novamente.              Por outro lado, é imprescindível pontuar sobre o papel da educação no cenário atual. Em virtude da desigualdade existente no Brasil, como mostra o Índice de Desenvolvimento Humano, pessoas em situação de vulnerabilidade social, na maioria das vezes, filiam-se ao crime organizado a fim de ascender economicamente, tendo em vista que o ensino, devido a sua debilidade, dificulta a melhoria da qualidade de vida. Logo, é evidente que a educação de qualidade é o caminho ideal para mudar esse cenário, conforme defende Paulo Freire, ao afirmar que sem uma pedagogia de qualidade tampouco a sociedade muda.        Portanto, o Estado precisa ser o principal agente de mudança. Diante disso, é dever do Governo Federal direcionar mais recursos para a segurança pública a fim de incentivar os estados a modernizar o sistema penitenciário, além de aumentar a remuneração dos agentes de segurança. Ademais, cabe ao Ministério da Educação investir no aperfeiçoamento do ensino para promover  a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos. Apenas desse modo será possível ir e vir com segurança.