Enviada em: 21/08/2018

O rapper Crioulo versou: " Não existe amor em SP". A carência desse sentimento se estende para todas as unidades da federação, já que os índices de criminalidade não param de crescer. O estado de medo da população demonstra a incapacidade do governo de assegurar o direito básico: o da vida. Nessa perspectiva, convém salientar a necessidade de diminuir o número de encarcerados e investir em investigação como desafios na segurança pública no Brasil.        Em primeiro ponto, destaca-se a necessidade de diminuir o número de prisões, para melhorar a segurança no país. No início de 2018, houve inúmeras rebeliões e assassinatos promovidos por facções criminosas em alguns presídios do nordeste. Essas organizações clandestinas estão crescendo rapidamente devido, em grande parte, a Lei de Drogas, que não esclarece a quantidade de substâncias ilícitas uma pessoa precisa portar para ser considerada traficante. Essa indefinição é a principal razão do encarceramento. Quando o usuário é preso, ele fica a mercê dos aliciadores dentro da prisão, que cobram favores posteriormente. Dessa maneira, o encarceramento em massa contribui para a formação da criminosos.         Em segundo ponto, manifesta-se a necessidade de investigação mais eficiente, para a promoção de segurança pública. Isso acontece  porque a impunidade, de forma indireta, também contribui para a ocorrência de crimes. Quando o Estado não resolve um caso ou prescinde passa a mensagem que se o criminoso fizer o serviço "corretamente", sairá ileso. Exemplo disso é o assassinado da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista. Portanto, reduzir a quantidade de encarcerador e aumentar a eficiência dos meios de investigação constituem os desafios que devem ser suplantados na segurança pública brasileira.         Com  a finalidade de alterar esse cenário, cabe ao Parlamento brasileiro revisar a Lei de Drogas, vigente  desde 2013. Isso fornecerá bases mais sólidas para o policial abordar um indivíduo. Paralelamente a isso, é dever do Poder Executivo mudar as funções das polícias militar e civil, a fim de articulá-las com setores de inteligência para melhor investigação dos crimes. Dessa forma, será possível resgatar aquele sentimento fraterno indispensável à vida na sociedade.