Enviada em: 21/06/2018

A missionária Madre Teresa de Calcutá disse uma vez que, o dever era uma coisa pessoal e decorria da necessidade de se entrar em ação. No entanto, nos dias de hoje, inúmeras pessoas, defendem que exercer a cidadania é apenas votar, ser votado, ter direitos políticos. Porém, ser cidadão vai além do voto, abrangendo também o combate ao mosquito Aedes aegypti, por exemplo. Assim, nota-se que aspectos macrossociais confluem para essa problemática no Brasil.       A princípio, destaca-se a principal responsável da epidemia da dengue no país: a população. Segundo Durkheim, a harmonia que assegura a existência e a continuidade de uma sociedade, só se torna possível quando os indivíduos são capazes de assimilarem valores, hábitos e costumes próprio do grupo social a qual pertencem. Seguindo essa linha de pensamento, as pessoas não tomam as cautelas necessárias e não fazem sua parte para combater o Aedes aegypti. Bom exemplo disso são as caixas d'água abertas ou quebradas, garrafas com o bocal para cima e vaso de planta sem areia nos pratinhos. Dessarte, os cidadãos são os maiores responsáveis por essa situação e devem mudar o pesamento para reduzir os índices de infestação desse inseto transmissor.     Outrossim, percebe-se uma parcela de culpa do Poder Público na precaução dos focos desse mosquito. Isso porque as prefeituras, em função da crise econômica, dispensam a fiscalização permanente realizada pelos agentes de saúde. Em virtude disso, as opções de prevenção que deveriam acontecer antes do verão, não acontecem. Por conseguinte, a população fica sem tempo hábil de identificar e eliminar os potenciais criadouros e quando chega o verão, a proliferação desse vetor aumenta. Desse modo, não se pode responsabilizar somente a população, o Estado também precisa se mobilizar com o Aedes.       Torna-se evidente, portanto, que as mudanças de comportamento na luta contra o mosquito Aedes aegypti precisam ser permanentes. Desse modo, competem as escolas organizarem didaticamente as aprendizagens e os conteúdos programáticos em contexto escolar sobre o tema, de forma a humanizar todos os alunos desde cedo com o intuito de buscar mudanças conceituais e atitudinais para solucionar os problemas não só do mosquito, mas de todo meio ambiente. Ademais, é fundamental o apoio do Governo Federal no fortalecimento dos laços entre as escolas e as sociedades civis, a fim de auxiliar o entendimento entre essas áreas e os serviços públicos para a resolução desse problema social. Só assim seguirá a máxima da Madre Teresa, de não esperar por grandes líderes, fazer fazer você mesmo, pessoa a pessoa.